Pela primeira vez, desde que assumiu a pasta no lugar de Orlando Silva, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, veio ao Recife acompanhar o andamento das obras na Arena Pernambuco, estádio que está sendo erguido em São Lourenço da Mata para a Copa do Mundo de 2014. O ministro chegou a capital pernambucana no final da tarde da terça (6/3) e nesta quarta foi ao canteiro ao lado do governador Eduardo Campos e outras autoridades, como o prefeito em exercício do Recife, Milton Coelho, o prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca e os secretários extraordinários Ricardo Leitão e Amir Schvartz. Pela Odebrecht, empresa responsável pela construção, marcaram presença Marcos Lessa, diretor-presidente do Consórcio Arena Pernambuco, e Bruno Dourado, diretor de contratos da Odebrecht.
A comitiva deu um giro pela obra, passando pelo lance de arquibancadas, rampa de acesso, estacionamento e gramado. Aliás, no local onde ficará o gramado, dois operários foram chamados para fazer um "bate-bola" simbólico. Uma barra oficial foi colocada em um dos lados e dois pênaltis foram batidos por um trabalhador. O governador Eduardo Campos arriscou umas embaixadinhas.
Na entrevista coletiva, o ministro Aldo Rebelo disse que gostou do que viu e que confia que Pernambuco vai realizar um bom papel como sede da Copa do Mundo e que a obra da Arena está dentro do cronograma, inclusive para a Copa das Confederações. A decisão da Fifa quanto ao evento-teste para o Mundial de 2014 sai em junho. Até lá, Recife e Salvador precisam acelerar o ritmo.
Sobre a polêmica envolvendo as declarações do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que disse que o Brasil precisa levar um chute no traseiro, Aldo Rebelo não quis adiantar se vai aceitar o pedido de desculpas da entidade. Tanto Jérôme Valcke como Joseph Blatter, presidente da Fifa, enviaram cartas ao Ministério se desculpando pelo episódio. "Recebi as duas cartas e vou responder quando voltar para Brasília. Não posso adiantar o conteúdo porque não seria de bons modos falar a resposta publicamente antes que o destinatário saiba da posição do Governo sobre as duas cartas recebidas", disse Aldo Rebelo, que havia solicitado a saída de Jérôme Valcke das negociações com o Brasil.
O ministro também falou da expectativa sobre a aprovação da Lei Geral da Copa e rechaçou a possibilidade de a Fifa retirar a Copa do Mundo do Brasil. "Isso não vai acontecer. A Copa do Mundo é o evento mais universal, o mais aguardado dos acontecimentos. É o momento sublime do esporte, independentemente dos acordos comercias. E a Copa será realizada sim no Brasil", garantiu o ministro.