Copa 2014

Blatter evita falar sobre polêmica com Valcke em encontro com Dilma Rousseff

Presidente da Fifa disse apenas que secretário-geral continua na Fifa, mas não quis responder se ele seguirá como interlocutor da Copa junto ao Governo Federal

da Agência Estado
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Publicado em 16/03/2012 às 17:12
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Em uma rápida entrevista concedida a jornalistas após encontro com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto ocorrido nesta sexta-feira (16), o presidente da Fifa, Joseph Blatter, evitou responder se o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, ainda é o interlocutor com o governo brasileiro nas questões referentes à realização da Copa do Mundo de 2014. 

"Jérôme Valcke continua trabalhando para a Fifa", afirmou, mas sem responder se o secretário-geral ainda exercerá o papel de interlocutor nas discussões. Ao responder a essa pergunta sobre Valcke, Blatter falou em três idiomas: francês, inglês e espanhol.

Dilma recebeu Blatter após a crise provocada pelas declarações de Valcke, que disse que o Brasil precisava de "um chute no traseiro" para preparar o Mundial. Compareceram à audiência no Palácio do Planalto o ministro do Esporte, Aldo Rebelo e os ex-jogadores Ronaldo Nazário - membro do Comitê Organizador Local - e Pelé, escolhido pelo governo brasileiro para ser o embaixador da Copa.

Questionado por repórteres sobre qual seria a solução para o episódio, Blatter respondeu com uma pergunta: "Vocês podem me dar um tempo para tomar uma solução?". Bem-humorado, Pelé disse que o seu papel é "apagar as fogueiras". 

"Falei para a presidente que daqui para frente não é para me chamar de ministro (em 1995, Fernando Henrique Cardoso criou o Ministério de Estado Extraordinário do Esporte, escolhendo Pelé para tomar conta da Pasta). É para me chamar de bombeiro. Estou aqui para apagar as fogueiras, é isso que estou fazendo. Graças a Deus acho que daqui pra frente vamos caminhar em harmonia sem nenhuma confusão", declarou.

Sobre a troca na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o presidente da Fifa afirmou que a saída de Ricardo Teixeira e a chegada de novas pessoas é uma "passagem natural que acontece o tempo todo no mundo".

O último encontro entre Blatter e Dilma tinha sido em outubro, na Bélgica. A ideia é que as reuniões, daqui para frente, aconteçam sempre que possível. No Brasil ou na Europa. Ausente na reunião por estar na Argentina em reunião com presidente da associação de futebol local, Julio Grandona, o novo presidente da CBF José Maria Marin não foi citado em nenhum momento, nem por Dilma, nem por Blatter.  

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