Infraestrutura

Obras da Copa de 2014 estão sob controle, diz diretor do Comitê Organizador

"Fazemos o monitoramento das obras 24 horas por dia e podemos dizer com tranquilidade que os estádios vão ficar prontos", afirma Ricardo Trade

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Publicado em 19/07/2012 às 6:17
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O diretor executivo de operações do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (COL), Ricardo Trade, disse que o andamento das obras dos estádios e da infraestrutura do evento está sob controle e considerou positivo o fato de o governo federal ter envolvimento direto na sua entidade.

Muitas pessoas temem que as obras não estejam concluídas a tempo. O que o senhor pode responder a essas críticas?
RICARDO TRADE - Estou muito otimista, está tudo sob controle e tenho certeza que será uma Copa do Mundo fantástica. Fazemos o monitoramento das obras 24 horas por dia e podemos dizer com tranquilidade que os estádios vão ficar prontos a tempo. Percebemos que todos nas 12 cidades-sedes mostram uma grande vontade de receber o evento da melhor forma possível e isso nos dá confiança de que tudo vai dar certo. A construção dos estádios não é a nossa responsabilidade, mas podemos dizer que estamos vendo processos muito transparentes da parte dos governos envolvidos.

O que mudou desde a presença no COL do secretário executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes? O senhor não acha que este envolvimento direto do governo federal no comitê pode ser visto como um sinal de desconfiança?
RICARDO TRADE - De jeito nenhum. A presença dele estreitou ainda mais uma relação que já existia há muito tempo e trouxe o governo para mais perto da gente, o que é fundamental porque o governo financia a maior parte das obras. Trouxe uma melhoria no dia a dia da nossa relação. Existiam aspectos em que precisávamos de uma aproximação maior, principalmente para alguns assuntos-chave como transportes, acomodações, e segurança. Sem os governos, não se realiza uma Copa do Mundo. Com esta mudança, falamos muito mais no dia a dia. Hoje mesmo, conversei com ele duas vezes por telefone.

Qual é a prioridade número um do COL hoje em dia?
RICARDO TRADE - Continuamos monitorando as obras dos estádios, mas a questão não é mais saber se elas serão concluídas no prazo ou não. Já pensamos no aspecto operacional, em como será organizado o transporte em torno do estádio, onde os oficiais e a mídia ficarão hospedados, ou outros detalhes deste tipo. Temos dois desafios importantes: conscientizar a população sobre a importância do evento e fazer de tudo para que os torcedores se sintam bem acolhidos, em estádios confortáveis.

Há alguns meses, a Fifa chegou a fazer duras críticas, não apenas em relação ao andamento das obras nos estádios, mas também no que diz respeito à infraestrutura. Como está a situação agora?
RICARDO TRADE - É importante ressaltar que a situação não é tão ruim assim como se diz. Muitas das obras vão ficar prontas a tempo. Ontem mesmo, tive ótimas notícias sobre o aeroporto de Manaus. Às vezes, recebemos notícias negativas, mas quando você vai ao local, acaba vendo que as coisas estão funcionando.

Na África do Sul, alguns estádios se transformaram em elefantes brancos depois da Copa do Mundo de 2010. Como ter certeza que os estádios continuarão sendo usados em cidades com pouca tradição no futebol?
RICARDO TRADE - Não gosto do termo 'elefantes brancos' e tenho certeza que isso não vai acontecer aqui. A ideia é investir em áreas de convivência no entorno do estádio para que a população possa visitá-los até quando nos dias em que não terá jogos. Podemos organizar todo tipo de evento, até casamentos.

Qual é a importância dos ex-craques Ronaldo e Bebeto, que são membros do Conselho de administração do COL (junto com o presidente da CBF, José Maria Marin e Luis Fernandes,secretário executivo do ministério dos Esportes)?
RICARDO TRADE - São grandes estrelas do nosso futebol e trazem para nós um conhecimento grande por serem campeões mundiais. Eles sabem como funciona uma Copa dentro de campo. Isso faz toda a diferença e nos dá muita credibilidade. Eles sabem da importância de cada detalhe para que o evento seja um sucesso. Além disso, eles têm um carisma enorme com a população e com a mídia, o que nos ajuda muito a levar o projeto da Copa do Mundo para todas as cidades.

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