Pausa para uma respiração profunda. Alguns segundos de silêncio e o técnico Waldemar Lemos começou a defender seu estilo de trabalho no final da coletiva que concedeu nesta quarta-feira (25/5) nos Aflitos. Na entrevista, o treinador foi questionado sobre seus métodos, que primam pela conversa e pelo diálogo com os jogadores. O jeito calmo de Waldemar vem sendo alvo de críticas de parte da torcida alvirrubra, que estava acostumada com o estilo “explosivo” do antecessor Roberto Fernandes, sobretudo, à beira do gramado em dias de jogos.
Contratado após a eliminação do Náutico nas semifinais do Campeonato Pernambucano, Waldemar Lemos também pediu paz para trabalhar. Ele lembrou que tem apenas duas semanas à frente do grupo alvirrubro. “Para ser um líder, não é preciso ficar berrando à beira do gramado nem dá porrada em ninguém. Aliás, porrada não está sendo aceita nem mais na polícia”, enfatizou o comandante alvirrubro, bastante criticado após a goleada sofrida para a Portuguesa, 4x0, sábado passado, no estádio do Canindé, na largada da Série B nacional.
Waldemar alertou que seu jeito pacífico não significa que ele não vai cobrar do elenco. “Responsabilidade e disciplina é chegar às 8h para tomar café no clube, começar o treinamento às 8h30 e trabalhar duro até uma hora dessas (a movimentação de ontem se estendeu até as 11h30 da manhã) como estamos fazendo. E as cobranças são feitas na base do tête-à-tête, sem a necessidade de ficar aos berros no gramado”, declarou.
A chegada de Waldemar Lemos foi cercada de muita polêmica, uma vez que o presidente do Conselho Deliberativo do Náutico, André Campos, fez duras críticas a respeito da contratação do treinador. O principal motivo foi a sua saída para o Atlético-PR em 2009, quando fazia uma boa campanha pelo Timbu na Série A.