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Corinthians muito perto de fazer história

Clube paulista tem mais dois jogos para conquistar título inédito em sua história

Do JC Online
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Publicado em 27/06/2012 às 7:12
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O Corinthians está a dois passos do paraíso. O maior sonho da Fiel nunca esteve tão perto de ser realizado. Faltam 180 minutos e o penúltimo degrau para o clube alvinegro poder alcançar o topo da América será vencido, nesta quarta (27/6), a partir das 21h50 (de Brasília), no mítico estádio de La Bombonera, em Buenos Aires, diante do perigosíssimo Boca Juniors.

Com um time sem craques, formado apenas por operários, o Corinthians, enfim, chegou à final da Copa Libertadores depois de 52 anos de história da competição. E é justamente essa face cascuda e raçuda da equipe que faz o seu torcedor acreditar que deste ano não passa.

Na maioria das nove vezes em que o Corinthians caiu na Libertadores antes de atingir o Olimpo, a equipe contava com vários jogadores acima da média (para ficar nos exemplos mais recentes, foi assim em 1999, 2000 e 2006), mas falhava na hora H, talvez por se arriscar demais e não saber dosar o tempo de jogo.

Com esse time de Tite, não há ousadia. A equipe vai ao ataque na base do conta-gotas. Parece saber exatamente o que quer do jogo e não se deixa levar pelo adversário. Se não marca muitos gols, pelo menos não toma também – foi vazado apenas três vezes em 12 jogos, melhor marca da história da Libertadores.

Assim, o Corinthians foi derrubando seus adversários e se fortalecendo ao longo da competição – não custa lembrar que a trajetória da equipe começou com um suado empate por 1x1 contra o fraco Deportivo Táchira, na Venezuela, garantido apenas nos minutos finais com um gol de cabeça do volante Ralf.

A maior prova de que dá para confiar nesse time foi dada à Fiel nas semifinais contra o Santos. Sem jogar um futebol vistoso, de encher os olhos, a equipe soube anular as principais peças do atual campeão da Libertadores (leia-se Neymar e Paulo Henrique Ganso) e aproveitar os espaços oferecidos. Simples assim, chegou à decisão com todo merecimento.

Contra o Boca Juniors, a tática não será alterada. Sem se expor, a meta é voltar para casa com pelo menos um empate. Na pior das hipóteses, derrota por apenas um gol de diferença. Na final, gols marcados fora de casa não contam mais como critério de desempate.

Em uma decisão de 180 minutos, Tite sabe muito bem que é importantíssimo chegar no dia 4 de julho, no Pacaembu, em boas condições. Além de fazer bem para o moral do grupo, isso inflará ainda mais a fanática torcida corintiana. Tanta confiança é retratada com o comportamento de quem acompanha ou torce pelo time do Parque São Jorge. No embarque, em São Paulo, na última segunda, clima festivo. No desembarque, a mesma coisa. A torcida, antes receosa, agora arrisca até sua pele para ver o time de perto, na torcida adversária.

Como nunca se viu, o Corinthians está mais do que pronto para deixar de ser o alvo das piadas dos adversários.

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