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Dunga volta a assumir comando da seleção brasileira

A quarta Era Dunga está prestes a começar. Anúncio oficial deve ser feito nesta terça-feira

Felipe Vieira
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Felipe Vieira
Publicado em 20/07/2014 às 21:53
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A quarta Era Dunga na seleção brasileira está prestes a começar. Depois do estigma pelo fracasso na Copa de 1990 como jogador, da redenção como capitão do tetracampeonato, em 1994, e da primeira passagem como treinador da Canarinho, entre 2006 e 2010, Carlos Caetano Bledorn Verri deverá ser anunciado amanhã como substituto de Luis Felipe Scolari à frente da seleção. O nome de Dunga deve ser ratificado na entrevista coletiva que o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, concede nesta terça-feira, às 11h, na sede da entidade, no Rio de Janeiro.

Durante o anúncio, o novo coordenador de seleções da entidade, o ex-goleiro Gilmar Rinaldi, também deverá dizer quais os nomes da comissão técnica que terá a dura tarefa de levar o Brasil à Copa da Rússia, em 2018. Dunga volta com a missão de reerguer o futebol brasileiro dos escombros de sua maior tragédia: a traumática eliminação para a Alemanha por 7 x 1 na semifinal da Copa do Mundo disputada no Brasil e a perda do terceiro lugar para a Holanda.

Especula-se que Dunga queira trabalhar com um auxiliar nos moldes de Jorginho, seu companheiro de seleção brasileira na conquista do tetracampeonato, em 1994, e que foi seu fiel escudeiro durante os quatro anos em que esteve à frente da Canarinho, entre 2006 e 2010. O primeiro grande desafio do novo treinador após a série de amistosos marcada para esse ano – contra Colômbia, Equador, Argentina e Turquia – será a Copa América de 2015, no Chile.

Em 2016, o Brasil entra em campo para tentar o único título que ainda não tem no currículo: o ouro olímpico, desta vez também em casa, nos jogos do Rio de Janeiro. No mesmo ano haverá uma edição extra da Copa América, nos EUA, para comemorar os 100 anos do torneio. Sem contar com os dois anos de eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2018.

Dunga assumiu a seleção em 2006, após a eliminação na Copa da Alemanha. Substituindo Carlos Alberto Parreira no comando do time, disputou 60 partidas, sendo 42 vitórias, 12 empates e apenas seis derrotas. Ganhou uma Copa América em 2007 com um contundente 3 x 0 sobre a Argentina de Riquelme, Tevez e do então novato Messi, e a Copa das Confederações de 2009, batendo os Estados Unidos por 3 x 2. Mas não resistiu à cabeçada de Sneijder, que decretou a eliminação do Brasil nas quartas-de-final da Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.

Logo após a demissão de Felipão, além de Dunga, Muricy Ramalho e Tite também surgiram nas bolsas informais de aposta Brasil afora. Ao mesmo tempo especulava-se o nome de um treinador estrangeiro e os torcedores chegaram a sonhar com os supercampeões José Mourinho e Pep Guardiola, com o alemão Jurgen Klopp correndo por fora. Sonho abortado por José Maria Marin, que rechaçou qualquer possibilidade de um profissional estrangeiro comandar o futebol pentacampeão do mundo. Muito provavelmente por achar que o Brasil não mereça lições de futebol vindas de europeus.

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