Amistoso

Tardelli faz 2 e Brasil leva Superclássico das Américas

Titular nos amistosos anteriores da seleção sob o comando do treinador, diante de Colômbia e Equador, ambos vencidos por 1 a 0, Tardelli ainda não havia brilhado e feito gols pelo Brasil

Carolina Sá Leitão
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Carolina Sá Leitão
Publicado em 11/10/2014 às 11:59
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Titular nos amistosos anteriores da seleção sob o comando do treinador, diante de Colômbia e Equador, ambos vencidos por 1 a 0, Tardelli ainda não havia brilhado e feito gols pelo Brasil - FOTO: Foto: AFP
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No duelo entre os craques Neymar e Lionel Messi, companheiros de Barcelona, quem brilhou no Superclássico das Américas, neste sábado (11), foi o atacante Diego Tardelli. No Estádio Ninho do Pássaro, em Pequim, o jogador do Atlético Mineiro marcou os gols da seleção brasileira no triunfo por 2 a 0 sobre a Argentina, assegurando a conquista do torneio para a equipe dirigida por Dunga. 

Titular nos amistosos anteriores da seleção sob o comando do treinador, diante de Colômbia e Equador, ambos vencidos por 1 a 0, Tardelli ainda não havia brilhado e feito gols pelo Brasil. Mas se destacou exatamente em um dos principais clássicos do futebol mundial, assim como o goleiro Jefferson, que defendeu um pênalti quando o Brasil vencia apenas por 1 a 0. 

Dessa forma, Tardelli foi decisivo para que o Brasil repetisse as conquistas de 2011 e de 2012 do Superclássico das Américas, a remodelada Copa Roca. Nessas duas outras vezes, porém, o torneio era disputado em jogos de ida e volta, mas com a presença apenas dos jogadores que atuavam no Brasil e na Argentina. 

Dessa vez, com as forças máximas, a seleção brasileira voltou a se dar melhor diante dos argentinos, como rotineiramente acontecia na passagem anterior de Dunga pelo comando da equipe. 

Além disso, agora o treinador soma três vitórias nos três jogos que dirigiu o Brasil, todos eles contra equipes sul-americanas e sem sofrer gols. O próximo compromisso da seleção brasileira será na próxima terça-feira, às 7h45 (horário de Brasília), diante do Japão, em Cingapura. 

O JOGO - Os minutos iniciais da partida foram ruins para o Brasil. A equipe foi dominada pela Argentina, que adiantou a marcação e finalizava várias vezes. Na mais perigosa delas, aos 19 minutos, Lamela passou para Di María. Na entrada da área, ele bateu colocado, com a bola passando bem perto do ângulo da meta defendida por Jefferson. 

Com dificuldades, o Brasil apelava seguidamente para as faltas, como a que provocou um cartão amarelo a David Luiz em entrada dura em Messi. E em outro lance, a arbitragem ignorou um pênalti cometido por Miranda em Agüero. 

Mas, ao poucos, a seleção deixou de ficar tão acuada e abriu o placar logo na sua primeira oportunidade de gol. Aos 27 minutos, Oscar levantou na área, Federico Fernández afastou mal, e Tardelli chutou de primeira e marcou um belo gol, abrindo o placar da partida.

O gol puniu a superioridade da Argentina, que falhou nas finalizações, e não alterou muito o panorama do confronto, com os argentinos tendo mais posse de bola e o Brasil apostando nos contra-ataques. Em um deles, aos 31 minutos, Neymar disparou em velocidade, entrou na área, tirou o goleiro Romero, mas finalizou sem força e para fora, desperdiçando ótima chance de ampliar o placar. 

Depois, aos 38 minutos, quando o Brasil já não era tão pressionado, a arbitragem marcou um pênalti de Danilo em Di María. Aí, Jefferson, que chegou a ser dúvida para o Superclássico das Américas por causa da luxação em um dedo, brilhou. Messi bateu no canto direito e o goleiro Jefferson fez a defesa e assegurou que o Brasil fosse ao intervalo vencendo por 1 a 0. 

A seleção voltou bem no segundo tempo e teve boa chance para ampliar o marcador logo aos três minutos, quando Filipe Luís recebeu passe de Neymar na cara do gol, mas finalizou para fora. A Argentina até respondeu com Di María, mas não conseguia ter mais o domínio que apresentou no primeiro tempo, pois a equipe estava muito bem posicionado no sistema defensivo.

Assim, como a Argentina apresentava dificuldades na criação e não conseguia ameaçar mais a defesa brasileira, o técnico Gerardo Martino promoveu as entradas de Pastore e Higuaín. Mas quem marcou e voltou a brilhar foi Tardelli. Aos 18 minutos, Oscar cobrou escanteio, David Luiz cabeceou, e o atacante atleticano concluiu, também de cabeça e na segunda trave, para as redes. 

Com a boa vantagem, o Brasil seguiu apostando nos contragolpes, enquanto a Argentina não apresentava a mesma força para ameaçar Jefferson, exceto por algumas jogadas individuais de Messi, que parou diversas vezes no goleiro brasileiro, incluindo em uma cobrança de falta. 

Logo em seguida, aos 35 minutos, em uma jogada rápida de contra-ataque Luiz Gustavo deu lindo lançamento para Neymar, que chutou para tentar vencer Romero, que saía da sua meta, mas bateu para fora. 

Com o jogo definido, Dunga optou por sacar Tardelli e promover a entrada de Kaká, que foi ovacionado pela torcida presente ao Ninho do Pássaro. O panorama da partida, porém, não se alterou e Neymar, inclusive, perdeu mais uma chance de gol. Assim, o Brasil assegurou a vitória e a conquista do Superclássico das Américas. 

 

FICHA TÉCNICA

BRASIL 2 x 0 ARGENTINA

BRASIL - Jefferson; Danilo, Miranda, David Luiz (Gil) e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Elias, Oscar e Willian; Neymar (Robinho) e Diego Tardelli (Kaká). Técnico: Dunga.

ARGENTINA - Romero; Zabaleta, Fernández, Demichelis e Rojo; Mascherano, Pereyra (Pérez), Lamela (Pastore) e Di María; Agüero (Higuaín) e Messi. Técnico: Tata Martino.

GOL - Diego Tardelli, aos 27 minutos do primeiro tempo e aos 18 minutos do segundo tempo. 

ÁRBITRO - Fan Qi (China).

CARTÕES AMARELOS - David Luiz e Danilo (Brasil); Fernández e Mascherano (Argentina). 

RENDA e PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Ninho do Pássaro, em Pequim (China).

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