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Príncipe Ali, defensor do futebol feminino na Ásia

Ao anunciar a candidatura, o príncipe Ali deixou claro que pretendia melhorar a imagem da Fifa, manchada por várias suspeitas de corrupção

Da AFP
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Publicado em 06/01/2015 às 13:32
Foto: KARIM JAAFAR / AFP
Ao anunciar a candidatura, o príncipe Ali deixou claro que pretendia melhorar a imagem da Fifa, manchada por várias suspeitas de corrupção - FOTO: Foto: KARIM JAAFAR / AFP
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O príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, que anunciou nesta terça-feira sua candidatura à presidência da Fifa, atuou muito no desenvolvimento do futebol na Ásia, dando uma atenção especial ao futebol feminino e às categorias de base.

Aos 39 anos, o meio irmão do rei Abdullah II vai bater de frente com ninguém menos que Joseph Blatter, de 78, que está no cargo desde 1998 e busca um quinto mandato à frente da entidade.

O jordaniano, porém, é conhecido no meio como um homem humilde, calmo e muito afável. 

Vice-presidente da Fifa representando a Ásia e membro do Comitê Executivo da Confederação Asiática de Futebol (CAF), ele dirige desde 1999 a Federação jordaniana.

Ao anunciar a candidatura, o príncipe Ali deixou claro que pretendia melhorar a imagem da Fifa, manchada por várias suspeitas de corrupção.

O futebol mundial "merece uma governança de classe mundial", disparou. A Fifa deve ser "uma organização de serviço e um modelo de ética, transparência e boa governança", acrescentou, numa crítica velada a Blatter.

"As manchetes precisam focar no futebol, e não na Fifa. A Fifa existe para servir a um esporte que une, ao redor do mundo, pessoas que pertencem a diversas categorias sociais, políticas e religiosas", completou.

Em 2012, o príncipe criou um projeto de desenvolvimento do futebol asiático (AFDP), dando ênfase à valorização das mulheres no esporte. Ele liderou com sucesso uma campanha para acabar com a proibição do uso do véu em jogos oficiais.

- Príncipe, general e atleta -

O príncipe Ali sempre se apresentou como um defensor ferrenho do futebol feminino. "Estou determinado a abordar todas as questões pertinentes para que todas as meninas e mulheres possam jogar no nosso continente" (a Ásia), declarou o jordaniano em 2011.

Filho do terceiro casamento do falecido rei Hussein, nasceu em 23 de dezembro de 1975.

Sua mãe, a Rainha Alia, de origem palestina, morreu em 1977, em um acidente de helicóptero, quando ele tinha pouco mais de um ano.

Ali estudou nos Estados Unidos, na Salisbury School, de Connecticut. Como a maioria dos membros da família real da Jordânia, também passou pela Academia militar de Sandhurst, na Grã-Bretanha, onde se formou em 1994.

General do exército jordaniano, Ali chefiou a segurança do rei de 1999 a 2008.

Além do futebol, ele também é fã de luta greco-romana. Casado desde 2004 com a jornalista argelina Rym Brahimi, é pai de uma menina e um menino. Rym, filha de Lakhdar Brahimi, assessor do secretário-geral da Onu, trabalhou na CNN cobrindo a guerra no Iraque. 

A irmã de Ali, a princesa Haya, é casada com o rei de Dubai, Mohammed Bin Rached al-Maktum, vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos. 

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