Ampliação

'Mães-segurança' pode virar projeto do Pacto Pela Vida

Ideia é ampliar a presença materna também para as partida de Náutico e Santa Cruz

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 13/02/2015 às 15:33
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Ideia é ampliar a presença materna também para as partida de Náutico e Santa Cruz - FOTO: Divulgação
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A ideia das "mães-segurança" fez tanto sucesso em Pernambuco que poderá ser ampliada para vários jogos na capital pernambucana. Através do programa Pacto Pela Vida, a ideia do governo do Estado é levar a figura materna, além dos jogos do Sport, também para as partidas de Náutico e Santa Cruz. No último domingo (8), cerca de 30 mães estiveram ajudando na proteção da partida entre alvirrubros e rubro-negros, na Arena Pernambuco.

"Essa iniciativa foi uma das melhores coisas que já aconteceu nos últimos dois anos, em Pernambuco. Disse ao governador Paulo Câmara que ele deveria receber essas mães, por um gesto de gratidão, no Palácio do Campo das Princesas. Não podemos só colocar no colo do Estado a responsabilidade de combater a violência. A sociedade civil tem que também assumir a sua parcela de culpa", afirmou Murilo Cavalcanti, secretário de segurança urbana do Recife.

A iniciativa pode ajudar, inclusive, dentro da própria família do secretário. "Ninguém agenta mais. Tenho uma filha de nove anos de idade que não quer mais passar na avenida Agamenon Magalhães, às seis da noite, no domingo, porque já viu o que esses marginais fazem com a cidade em dias de jogos. Precisamos agir", explicou Murilo.

O projeto ampliado, porém, ainda está em fase embrionária. "Conversamos ontem (quinta, 12) com o governador Paulo Câmara e hoje (sexta, 13) com o prefeito Geraldo Júlio. Vamos esperar passar este período festivo, onde todas as nossas energias estão focadas no Carnaval. Só depois vou me reunir com minha equipe e convidar os três presidentes dos clubes aqui de Recife, e também o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, para ver como a gente coloca isso para os demais clubes", ressaltou.

Segundo o secretario, a ideia das “maës-segurança” é uma ação contrária a da histórica Mães da Praça de Mayo, da Argentina, que na época da ditadura do país, entre 1976 e 1983, saíam para as ruas à procura dos filhos desaparecidos. “Elas estavam buscando os parentes que já estavam mortos pela ditadura. As de hoje, estão atrás para que os filhos não morram em guerras insanas nos estádios.”

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