Fifa lança novo plano contra o racismo na Europa

Durantes as eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, observadores treinados estarão presentes em partidas consideradas de risco
Da AFP
Publicado em 12/05/2015 às 17:46
Durantes as eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, observadores treinados estarão presentes em partidas consideradas de risco Foto: Foto: AFP


A Fifa revelou nesta terça-feira (12), em Londres, um novo plano de luta contra o racismo que será posto em prática durante as eliminatórias para a Copa do Mundo-2018, baseado na presença de observadores treinados em partidas consideradas de risco.

A Fifa prevê solicitar para partidas potencialmente problemáticas observadores formados pela organização antidiscriminação Fare (Futebol contra o racismo na Europa, na sigla em inglês), que poderão ajudar a denunciar qualquer incidente racista vindo de torcedores.

"Estou feliz de ver esse programa tomando forma", se felicitou em comunicado o presidente da Fifa, Joseph Blatter. "Esse novo sistema vai permitir ao futebol enviar uma mensagem clara em favor da diversidade e contra qualquer forma de discriminação".

"Nossa colaboração é uma etapa essencial na luta contra as discriminações no futebol", afirmou Piara Powar, diretor executivo da Fare. "Nós traremos nossa experiência e nosso conhecimento dos problemas que ocorrem em dias de jogo".

O objetivo da campanha, além de facilitar o trabalho dos árbitros e oficiais no campo, é melhorar os procedimentos judiciários, levantando provas mais concretas para servir de apoio às instâncias judiciais dos países envolvidos.

"Estou muito satisfeito com o fato da Fifa considerar seriamente esse problema e colocar em prática medidas concretas para acabar com comportamentos contrários ao espírito de nosso esporte", declarou o meia marfinense Yaya Touré, presente no evento.

Com o Manchester City, o quatro vezes melhor jogador do ano da África já sofreu alguns casos de racismo, como em 2013, quando disputava a Liga dos Campeões e foi recebido a xingamentos por torcedores do CSKA de Moscou, da Rússia, sede da próxima Copa do Mundo.

"É vital ter consciência da importância do problema do racismo na sociedade em geral. Às vezes, as pessoas nem percebem. É preciso mostrar que algo está sendo feito e espero que seja o caso agora. É por isso que estou aqui hoje (terça-feira), para falar em nome das pessoas que não podem fazê-lo", completou Touré, de 32 anos, que participou de um grupo de trabalho da Fifa contra descriminação no futebol.

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