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Ataque do trio de ferro da capital na berlinda

Atacantes de Sport, Náutico e Santa Cruz estão deixando a desejar na temporada

Do JC Online
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Publicado em 12/05/2015 às 6:30
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Atacantes de Sport, Náutico e Santa Cruz estão deixando a desejar na temporada - FOTO: Guga Matos/JC Imagem
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Campeão do Pernambucano, eliminado na fase de grupos do Nordestão ou jogando a Série A nacional, os clubes do Recife sofrem de um mesmo mal: a falta de matadores. Juntando Santa Cruz, Náutico e Sport, apenas 37 dos 90 gols da temporada foram feitos por atacantes, o que corresponde a 41% dos tentos. Falta de pontaria e de opções assolam o setor ofensivo do Trio de Ferro.

Dos três clubes, o Santa é o que mais recebe cobranças diárias pela falta de gols dos homens de frente. Dos seis atacantes do elenco, apenas dois conseguiram balançar as redes na temporada: Betinho (5 gols) e Anderson Aquino (3). Betinho ainda tem um bônus de participação pela participação direta em outros cinco tentos. Nem assim o camisa 9 escapa das críticas. Ontem mesmo, dos dois entrevistados, ele foi o único do setor ofensivo escalado para falar da falta de pontaria.

“Essas críticas são complicadas. Fomos campeões pernambucanos marcando 16 gols, mas poderíamos ter feito 50 e terminado como vice. Se fizermos 10 gols na Série B e conseguirmos o acesso será excelente”, disse, em tom irritado.

Logo em seguida, o atacante reconheceu que faltou uma melhor pontaria na estreia contra o Macaé, mas preferiu enfatizar outro ponto. “O principal é que estamos conseguindo criar as jogadas. Infelizmente, a bola não entrou, mas só com muito treinamento para corrigir isso”, completou.

No Náutico, os atacantes não são o único problema. Em 20 jogos, o Timbu marcou apenas 26 vezes, com 50% dos gols feitos pelo ataque. Mesmo apagado em momentos decisivos, o centroavante Josimar é o destaque, com oito gols na temporada. Além de balançar pouco as redes adversárias, os alvirrubros também sofrem com a falta de opções do setor, que só teve três jogadores marcando tentos. Além de Josimar, Renato (quatro gols) e João Paulo (um) também marcaram para o clube da Rosa e Silva.

Até os atacantes do Sport, time que vem de uma goleada aplicada na estreia do Brasileirão – 4x1 sobre o Figueirense, domingo passado, na Ilha do Retiro – estão na berlinda. Eles saíram de campo em branco. Joelinton e Samuel, que iniciaram como titulares, perderam chances claras e aumentaram os seus jejuns de gols (eles não marcam há 42 e 38 dias, nessa ordem). Não à toa, ao fim da partida, o técnico Eduardo Baptista disse que espera contar com o recém-contratado Hernane Brocador o mais rápido possível. “Pode regularizar ele para ontem?”, perguntou, em tom de brincadeira.

Dos 48 gols do Sport na temporada, apenas 16 foram marcados por atacantes de ofício. O principal goleador do setor é Felipe Azevedo, que não está mais no clube. Autor de seis tentos, ele se transferiu ao fim do Pernambucano para a Ponte Preta. O restante dos gols está pulverizado entre outros 15 jogadores.

“Eles são grandes jogadores. Joelinton é um moleque novo. Está aprendendo. Tem tudo para ser um grande atacante. Que as oportunidades possam aparecer e que ele possa fazer o que precisa. Confiamos nele e sabemos do seu potencial. Samuel é um cara rodado. Tomara que ele também possa voltar a fazer os gols que precisamos porque é um grande artilheiro e é muito útil ao Sport”, afirmou o meia-atacante Élber, que tem seis tentos no ano.

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