Em meio a uma enxurrada de críticas de líderes ocidentais, Joseph Blatter continua contanto com o apoio do presidente russo Vladimir Putin, que fez questão parabenizou o suíço de 79 anos pela reeleição para um quinto mandato à frente da Fifa, apesar de entidade viver o maior escândalo de corrupção da sua história.
"Putin expressou sua certeza que a experiência de Blatter, seu profissionalismo e seu alto nível de autoridade permitirão estender o alcance geográfico e a popularidade do futebol", informou o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, citado por agências de notícias russas.
O presidente da Rússia ainda ressaltou que seu país "está disposto a cooperar com a Fifa em geral e no que diz respeito aos preparativos da Copa do Mundo de 2018 em particular.
Na quinta-feira, Putin saiu em defesa do suíço, ao afirmar que os Estados Unidos organizar a operação policial que resultou na prisão de sete policiais para "impedir a reeleição" do suíço e tentar obter a organização da Copa de 2018 no lugar da Rússia.
No dia seguinte, poucos dias antes da eleição, o próprio Blatter usou o mesmo argumento. "Se no dia 2 de dezembro de 2010 outros dois países tivessem sido designados organizadores dos Mundiais de 2018 (Rússia) e 2022 (Catar), acredito que não estaríamos assim", explicou o presidente da Fifa, insinuando que as designações destas Copas do Mundo provocaram a irritação da Inglaterra, que queria sediar a competição em 2018, e dos Estados Unidos, frustrados por não terem conseguido a sede de 2022.
No mesmo momento em que os cartolas estavam sendo detidos num hotel de luxo de Zurique, num caso distinto, a Promotoria da Suíça apreendeu documentos eletrônicos na sede da Fifa, em uma investigação penal por suspeitas de "lavagem de dinheiro e gestão desleal" relacionadas à escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.