ARBITRAGEM

Polêmica na arbitragem

CBF escala árbitros para apitar partidas com times da mesma federação que representam

Leonardo Vasconcelos
Cadastrado por
Leonardo Vasconcelos
Publicado em 30/05/2015 às 9:00
Leitura:

 

Com a credibilidade cada vez mais comprometida devido aos recentes escândalos de corrupção, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai testar uma polêmica novidade na rodada da Série A do Campeonato Brasileiro deste fim de semana para tentar limpar a imagem da instituição - pelo menos dentro de campo. Com o objetivo de mostrar transparência e acabar com suspeitas de favorecimento dos homens do apito, a ideia foi escalar árbitros em jogos com times da mesma federação que representa, algo impensável para muitos. Se vai dar certo, só se saberá depois dos apitos finais de amanhã. Contudo, desde já, a nova orientação da CBF já está dando o que falar. 

Nesta rodada, os gaúchos Leandro Vuaden e Anderson Daronco terão a responsabilidade de ficar responsáveis pelas partidas da dupla Gre-Nal. Vuaden vai apitar Internacional e São Paulo, amanhã, às 16h, no Beira-Rio. Os dois assistentes, todavia, serão paulistas: Marcelo Van Gasse e Ricardo Manis. Já Goiás e Grêmio, no mesmo dia e horário, no Serra Dourada, será arbitrado por Daronco e os auxiliares serão o gaúcho Rafael da Silva Alves e o goiano Cristhian Passos Sorence. Outro objetivo da medida da CBF é a redução de custos com a utilização do quadro local em vez de gastar com viagens dos profissionais de outros Estados.

O membro da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol (Ceaf), Erich Bandeira, classificou a decisão da entidade como uma evolução. “A medida é salutar para o futebol. Esse receio de escalar árbitros locais é uma questão cultural. Não interessa a origem dele. Se ele é idôneo, será de qualquer forma, independentemente do Estado em que atua”, opinou o ex-assistente que atuou de 1993 a 2012 pelo quadro pernambucano.

Sobre a natural pressão que o profissional vai sentir por arbitrar um jogo de uma equipe do mesmo Estado que representa, ele disse ser algo normal. “Eles já estão acostumados a trabalhar sob pressão e estão preparados para esta nova situação. Todos passam por vários cursos para trabalhar esse lado psicológico. Vão aplicar a regra do jogo independente das equipes em campo”, defendeu Bandeira.

 


Últimas notícias