Não sai

STF nega habeas corpus para brasileiro envolvido no escândalo da Fifa

Supremo negou pedido de habeas corpus do argentino naturalizado brasileiro José Margulies

Folhapress
Cadastrado por
Folhapress
Publicado em 12/06/2015 às 11:50
Nelson Jr./SCO/STF
Supremo negou pedido de habeas corpus do argentino naturalizado brasileiro José Margulies - FOTO: Nelson Jr./SCO/STF
Leitura:

BRASÍLIA, DF - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes negou pedido de habeas corpus do argentino naturalizado brasileiro José Margulies para não ser extraditado do País. Procurado pela Interpol, ele é um dos 14 indiciados há duas semanas por corrupção em negócios envolvendo o futebol pela Justiça dos EUA, que o considera foragido.

A íntegra da decisão do ministro ainda não foi divulgada. A defesa argumentou ao STF que o empresário, conhecido no mundo do futebol como José Lazaro, sofre de diabetes e tem idade avançada (75), além de que é cidadão brasileiro. Ele declarou estar atualmente domiciliado na cidade de São Paulo.

A Constituição proíbe extradição de brasileiros, com a exceção de cidadãos naturalizados que tenham praticado crime antes da naturalização ou que estejam comprovadamente envolvidos com narcotráfico. Margulies intermediava contratos da Conmebol com emissoras de televisão e empresas de marketing esportivo.

Quando os EUA anunciaram o seu indiciamento, em 27 de maio, Margulies disse à Folha de S.Paulo, por telefone, que estava na Alemanha para ver a final da Liga dos Campeões. Desde então, seu paradeiro era desconhecido. Segundo a investigação norte-americana, Margulies servia de intermediário para facilitar pagamentos ilícitos entre executivos e empresas de marketing esportivo e cartolas. É acusado de extorsão, lavagem de dinheiro e fraude eletrônica.

Entre outros crimes, ele teria usado duas empresas em seu nome registradas em paraísos fiscais para pagar propinas do empresário José Hawilla, da Traffic, a cartolas sul-americanos, vinculadas a contratos de direitos de transmissão de imagem.

Além de Margulies, os outros brasileiros indiciados pelos EUA são o ex-presidente da CBF José Maria Marin, atualmente preso na Suíça, e Hawilla, que está colaborando com as investigações do FBI desde 2013 e se declarou réu confesso em dezembro.

Últimas notícias