Brincalhão

Blatter brinca com as palavras e diz que não renunciou à presidência da Fifa

"Não renunciei, coloquei meu mandato à disposição de um congresso extraordinário", enfatizou

AFP
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Publicado em 26/06/2015 às 11:00
Foto: The Presidential Press and Information Office
"Não renunciei, coloquei meu mandato à disposição de um congresso extraordinário", enfatizou - FOTO: Foto: The Presidential Press and Information Office
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LAUSANA - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, que anunciou sua renúncia no início de junho enfatizando que permaneceria em seu cargo até as novas eleições, provocou confusão, nesta sexta-feira (26), ao declarar que não renunciou ao cargo. Brincando com as palavras, o presidente da instituição que dirige o futebol mundial, atingida por um enorme escândalo de corrupção, falou com o jornal suíço Blick por ocasião de uma visita ao local no qual será construído o futuro museu da Fifa em  Zurique.

"Não renunciei, coloquei meu mandato à disposição de um congresso extraordinário", enfatizou o dirigente suíço. Quatro dias depois de sua reeleição, Blatter anunciou que renunciava à presidência. "Coloco meu mandato a disposição de um congresso eletivo extraordinário. Esta decisão terá efeito o quanto antes, na data em que um novo presidente puder ser eleito pelo Congresso da Fifa para me suceder", disse Blatter na época.

"Vou continuar exercendo minhas funções até lá e me libero a partir de agora das obrigações de eleições", explicou Blatter. A Fifa convocou um comitê executivo extraordinário em 20 de julho em Zurique para determinar as datas do congresso eletivo extraordinário, que deve ser celebrado entre dezembro deste ano e fevereiro de 2016. Há dez dias, Klaus Stoehlker, conselheiro de Blatter durante a última campanha eleitoral da Fifa, indicou que o dirigente pode mudar de opinião e não renunciar de seu posto se não houver "nenhum candidato convincente".

Mas a Fifa reagiu rapidamente. "A mudança de presidente é indispensável", disse Domenico Scala, presidente do comitê de audição e homem destinado a administrar a mudança na presidência. "Para mim as reformas são um tema central. Por isso penso que é indispensável continuar o processo de mudança de presidente que foi anunciado", disse.

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