O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, negou nesta segunda-feira (19) que tenha feito acordo com a Conmebol e a Fifa para deixar o Comitê Executivo da entidade máxima do futebol mundial no fim do mês. Um dos três representantes sul-americanos no Comitê Executivo, Del Nero perdeu três reuniões seguidas da Fifa e vem sendo pressionado para renunciar as suas funções na entidade sediada em Zurique.
Em nota publicada no site da CBF, Del Nero negou qualquer negociação para deixar o Comitê Executivo da Fifa. "Ao contrário do que foi noticiado pela imprensa nesta data, não houve nenhuma tratativa sobre a saída do presidente Marco Polo Del Nero do Comitê Executivo da Fifa", registrou a CBF, em nota, na noite desta segunda.
A notícia sobre negociação de Del Nero com a cúpula da Conmebol e da Fifa foi publicada pelo Portal Estadão, do jornal O Estado de S.Paulo, pela manhã. Conforme apurou a reportagem, Del Nero vai manter seu cargo na CBF, mas um novo nome será escolhido entre os cartolas brasileiros para substituí-lo na Fifa.
Del Nero perdeu três reuniões seguidas da Fifa e, nesta semana, vai estar uma vez mais ausente da entidade máxima do futebol, em Zurique. Fontes de alto escalão confirmam que a opção por sua substituição foi tomada depois que os dirigentes receberam alertas de que ele poderia ser processado pelo Comitê de Ética, o que implicaria numa eventual punição que também afetaria seu cargo no Brasil.
A CBF também foi alvo da investigação iniciada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos que prendeu sete cartolas da Fifa no dia 27 de maio, em Zurique, às vésperas das eleições da entidade. Um dos detidos foi o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Após as prisões, Del Nero deixou a Suíça e voltou ao Brasil, sem participar das reuniões e da votação. Desde então, o mandatário da CBF tem evitado sair do Brasil.