Mata-mata entre Sport e Náutico vem sendo sinônimo de sobrevivência do Leão. Pelo menos há quase 32 anos tem sido esta a escrita. A última vez que o Timbu saiu vitorioso de uma partida eliminatória contra o rubro-negro foi no dia 24 de novembro de 1985, quando o time alvirrubro ganhou por 2x1, em plena Ilha do Retiro, pela decisão do terceiro turno do Pernambucano. Na sequência, o time foi para a final com o Santa Cruz e se sagrou campeão estadual daquele ano. É nesta longínqua – é verdade –, mas feliz lembrança que o Náutico se apoia para voltar a triunfar diante do rival em um jogo decisivo.
NÚMEROS
Desde esta boa recordação, as que se seguiram não foram muito felizes para os alvirrubros. Tanto em competições estaduais, como também nas regionais e até internacionais. Após 85, Os times se enfrentaram em dez mata-matas e o Leão ganhou todos (ver abaixo). Foram oito embates no Pernambucano (1988, 1991, 1992, 1994, 2010, 2011, 2012 e 2014), um na Copa do Nordeste (2001) e outro na Copa Sul-Americana (2013), este último tendo sido decidido nos pênaltis.
Ney Franco comentou o jejum de títulos do @nauticope e disse que o @sportrecife não deve se importar com tabus e estatísticas do adversário pic.twitter.com/W6ctxbm4Xl
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 21 de abril de 2017
Apesar do retrospecto ser amplamente favorável, o técnico rubro-negro Ney Franco diz que ele não deve ser levado em conta. “Para esse confronto nós não podemos nos basear neste histórico. A gente sabe que tem algumas marcas que em algum momento vão cair e temos que fazer de tudo para que não seja nesse momento de agora. Todas essas marcas já ficaram no passado. Então não representa nada para esse jogo de agora. Os números não vão entrar em campo nesse momento. Eu acredito mais é na preparação que a gente fez para essa partida, na entrega dos nossos atletas em campo. Vamos ter que correr no mesmo nível do último jogo”, disse.
O discurso é bem parecido com o do comandante alvirrubro Milton Cruz. “Eu vim aqui para vencer os jogos e quero jogar para vencer. Tivemos quatro minutos de desatenção na Ilha e tomamos a virada, mas sabemos que o adversário é difícil. Acho que fizemos o mais difícil, fizemos três gols. Um o juiz anulou não sei porque. Mas já que fizemos três gols lá podemos vencer na nossa casa como fizemos na outra vez, que ganhamos por 2x1. Não quero saber de tabu. O que me importa é sequência de jogos”, disse Milton.
