Apesar de lamentar, o Santa Cruz não se sente responsável pela tragédia do Arruda. Por conta disso é que o clube recorreu da decisão da 32ª Vara Cível da Capital que determinou o pagamento de R$ 500 mil e uma pensão de R$ 438,62 por mês até quando Paulo Ricardo completasse 65 anos. O vice-presidente jurídico do Tricolor, Eduardo Lopes, explicou os argumentos utilizados na defesa do processo.
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“O Santa Cruz não contribuiu para o crime. Não houve ação ou omissão da parte dele para que o fato acontecesse. O clube cumpriu com o seu dever, atendendo às regras do Estatuto do Torcedor, monitoramento por câmeras, todos os procedimentos foram feitos, inclusive a varredura do estádio após o jogo. O que aconteceu foi lamentável sob todos os aspectos, mas o clube não se sente responsável por isso”, defendeu Eduardo.
Questionado sobre a presença do trio de torcedores nas dependências do Arruda no pós-jogo, ele sustentou que não houve falha do clube. “A varredura é feita pela Polícia Militar que nos ‘entrega’ o estádio vazio no final. O que aconteceu foi que depois disso os torcedores invadiram o estádio e se esconderam já com o intuito de cometer o crime”, disse.
Eduardo disse que o clube está seguro quanto ao posicionamento em relação ao citado processo. “Nós resolvemos recorrer porque entendemos que não merecemos ser punidos. A tragédia fugiu ao alcance do clube. Nós discordamos dos argumentos utilizados na decisão. Recorremos e agora estamos na fase de apelação do processo”, contou.
LIGAÇÃO
Quanto à queixa de José Paulo de não ter recebido até hoje nenhuma ligação de ninguém do clube, Eduardo preferiu se esquivar. “Era outra gestão então não posso me pronunciar sobre o assunto. Não tenho condições de afirmar se prestaram ou não solidariedade. Não posso dizer que sim nem que não”, disse.