EPOPEIA

Atlético-PE consegue virada heroica na estreia da Série D

Após 30 minutos de atraso, Atlético-PE chega ao estádio em ônibus escolar e vira jogo a cinco minutos do fim

Matheus Cunha
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Matheus Cunha
Publicado em 21/05/2017 às 19:12
Ednaldo Tavares/Divulgação
Após 30 minutos de atraso, Atlético-PE chega ao estádio em ônibus escolar e vira jogo a cinco minutos do fim - FOTO: Ednaldo Tavares/Divulgação
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A Série D do Campeonato Brasileiro começou neste domingo com uma história digna de epopeia, daquelas contadas pelos portugueses há séculos. A narrativa começa bem antes das 16h, horário marcado para o ponta pé inicial do confronto entre Atlético-PE e Campinense, no estádio Paulo Petribu, em Carpina, na Zona da Mata de Pernambuco. O ônibus do Tatu-Bola se perdeu no meio da estrada e demorou para pegar a equipe no CT. Com o tempo cada vez mais curto e o risco de perder o duelo por WO para a Raposa, a única saída encontrada pelo time foi usar um ônibus escolar da cidade para poder se deslocar. Chegou ao estádio, mas com meia hora de atraso. 

Sem tempo para aquecer, o Atlético-PE foi para o campo. Sequer chegou a tempo do hino nacional, que contou apenas com a Raposa e o trio de arbitragem no gramado. Do outro lado estava um dos clubes mais tradicionais dessa Série D e consequentemente um dos favoritos ao título. Logo, todo o favoritismo caiu no colo dos paraibanos. 

Mas, desde o começo, os carpinenses mostraram que não iriam se entregar tão fácil. Abriram o placar com George Cajá, aos 31 da primeira etapa. Depois, o Campinense empatou aos 36, com Augusto. E, ainda no primeiro tempo, a Raposa virou e ampliou o marcador, com Reinaldo Alagoano, aos 43, e Maranhão, aos 45. Os rubro-negros foram para o intervalo com o 3x1 no placar e a vitória quase encaminhada.

Entretanto, os paraibanos não contavam com a valentia de um time que só garantiu vaga na Série D após a desistência do Serra Talhada, que abdicou da disputa. Há menos de um mês, todos os atletas do Atlético-PE estavam de férias, quando receberam a notícia que iriam jogar a primeira competição nacional da história do clube.

Aos três minutos da etapa complementar, Cesinha diminuiu o placar: 3x2. O Tatu-Bola tentou, lutou, batalhou... Sempre esbarrava na defesa do Campinense. Mas, aos 39 minutos, veio o empate. Wellington garantiu o que, a aquela altura, já era visto como uma vitória para o time, devida tantas adversidades dentro e fora de campo. 

Porém, o Atlético queria mais. E, aos 49, já no apagar das luzes, veio a virada e a consagração do herói. De novo com ele, Wellington. 4x3 no placar, três pontos na tabela e uma história que ficará guardada na memória do povo carpinense. 

"Nós começamos saindo atrás no marcador, depois revertemos a desvantagem. Mas na calma e na paciência, conseguimos a virada. A gente era um forte candidato a ser o saco de pancadas do grupo, mas com muito trabalho e fé, conseguimos a vitória", disse Wellington, o artilheiro da tarde.

PRÓXIMO JOGO

A próxima partida do Atlético-PE é apenas no dia 31 de maio, quando vai até Feira de Santana, enfrentar o Flu de Feira. Já o Campinense enfrenta o Itabaiana, em casa, no próximo dia 28.

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