Com a vitória da Ponte Preta sobre o Flamengo por 1x0, ontem, o Sport voltou para a zona de rebaixamento na Série A, mesma situação de Santa Cruz e Náutico na Segundona. Com isso, o trio de ferro da capital vive um momento dramático no Brasileiro, com os três times dentro do Z-4. O final de 2017 será de luta contra a queda para tricolores, rubro-negros e alvirrubros.
Pernambuco não passa por uma situação tão difícil em Brasileiros desde 2009. Na ocasião, Náutico e Sport foram rebaixados para a Segundona, enquanto o Santa foi eliminado ainda na 1ª fase da Série D.
Sem vencer há nove jogos, o Sport agora é o 17º lugar, com 30 pontos, abrindo o Z-4. No início do Brasileirão, o Sport começou titubeando. Com a chegada de Vanderlei Luxemburgo, o time reagiu e chegou à quinta posição, entrando na briga pela vaga na Libertadores 2018. Até que no segundo turno, o status de grata surpresa caiu por água abaixo. Na segunda metade da competição, nenhum triunfo, com dois empates, cinco derrotas e um aproveitamento de pouco mais de 9%.
“O Sport começou com um elenco pequeno, tanto em número, como tecnicamente. E foi uma grande maratona de jogos no início do ano. Isso prejudicou o trabalho. Chega em setembro, ainda existem duas competições para o Sport. Além do Brasileiro, tem a Sul-Americana”, relatou Thiago Moraes, do Replay, da TV Jornal.
Para não reviver o terror dos últimos anos, quando acumulou rebaixamentos em sequência, o Santa Cruz busca uma reação na Série B. Há três jogos sem vencer, entrou novamente no Z-4 após derrota para o Internacional no sábado - o tricolor é o 18º, com 29 pontos. Nos últimos 12 anos, o Santa mudou oito vezes de divisão, entre acessos e descensos.
A saga começou em 2005, quando conseguiu o acesso para a Série A. Depois, com rebaixamentos consecutivos, despencou para a Série D, onde ficou por três temporadas. Em 2013, saiu da Terceirona, e em 2016 jogou a Primeira Divisão. Porém, passou pouco tempo lá, voltando pra Segundona em 2017. Agora, corre o risco de voltar pra Série C.
“É muito perigoso um clube que vive nessa linha tênue de subidas e descidas. Se for cair, que seja da forma mais organizada possível. Não pode fazer o que fez o Santa em 2006, desencadeando quedas sucessivas e ficando seis anos nas divisões menores. Na minha opinião, Pernambuco só salva um na Série B”, enfatizou Maciel Júnior, comentarista da Rádio Jornal.
Na zona de rebaixamento durante quase toda a Série B, o Náutico é o que tem a situação mais delicada. Com 23 pontos, está a oito do Goiás, primeiro fora do Z-4. O fio de esperança do Timbu está nas mãos do técnico Roberto Fernandes. Antes da sua chegada, na 18ª rodada, o alvirrubro estava desacreditado. No entanto, após quatro vitórias sob o seu comando, uma luz no fim do túnel surgiu para o alvirrubro.
“O futuro não é muito promissor pelo tamanho da tarefa. Em 11 jogos, precisa vencer sete. Nos 27 disputados até agora, seis triunfos. É difícil convencer o torcedor de que a partir de agora será diferente. Some-se a isso o fato de justamente o setor mais frágil, o ofensivo, estar passando por reformulação”, afirmou Wladmir Paulino, repórter do Blog do Torcedor.
Se não conseguir evitar a queda, o Náutico vai confirmar uma triste coincidência. Quando caiu para a Terceirona em 1998, o Timbu vinha de duas grandes campanhas na Segundona. Foi terceiro em 1996 e 1997 - na época, apenas dois subiam. Adiantando a linha do tempo, diferentemente do desempenho em 2017, as duas campanhas anteriores foram muito boas, quinto colocado em 2015 e 2016.