O trio de ferro do futebol pernambucano vive um grande dilema neste segundo semestre. O Sport, na zona de rebaixamento à Segundona, terá quatro confrontos com equipes da parte de baixo da tabela nos próximos cinco jogos do Brasileirão. O mesmo acontece com o Santa Cruz na Segunda Divisão, que enfrenta dois adversários diretos nas cinco partidas seguintes. Um pouco mais longe para se distanciar da zona de perigo, a oito pontos do Goiás, primeiro time fora do Z-4, está o Náutico, vice-lanterna da Série B. Hora de jogar e “secar” os oponentes.
Em seis rodadas do Brasileirão, o Sport foi de uma ponta a outra da tabela da Série A. Com cinco derrotas e apenas um empate, o Leão trocou sua estadia no G-6 pelo fantasma de brigar contra o rebaixamento. Com isso, o sonho de voltar a disputar a Libertadores se perpetuou na Ilha do Retiro. E pouco a pouco, o elenco rubro-negro teve que mudar o foco. Segundo o goleiro Magrão, ídolo máximo do Sport, apesar do bom momento que o time viveu na Série A, é hora de voltar a vencer e se distanciar das últimas posições na tabela.
“Toda queda é um desastre, independentemente de quanto tempo a equipe permaneceu na Primeira Divisão. É um trabalho perdido. É sempre ruim para todos. Jogadores, torcedores, clube, imprensa. Para nós, atletas, é um ano perdido”, disse. “Nós sabemos que temos condições de reverter isso. Hoje o Sport se encontra num momento delicado, mas ainda temos jogos pela frente e nossa intenção é reverter isso o mais rápido possível”, adicionou.
O Santa Cruz também flertou com o pelotão de cima em alguns momentos da Série B. Esteve no G-4 em cinco oportunidades. Mas a última vez em que isso aconteceu foi na 8ª rodada. O rendimento caiu e a posição na tabela seguiu o mesmo caminho. Agora, a Cobra Coral se apega aos confrontos diretos para buscar afugentar o fantasma da Série C.
A equipe teve uma guinada após a chegada de Marcelo Materlotte. Passou quatro partidas sem perder e saiu do Z-4. Contudo, voltou a sentir o sabor amargo da derrota, desta vez contra o Internacional, e retornou à região ingrata da tabela. Se analisada a média do 16º colocado (primeiro time fora da zona de rebaixamento) nas últimas temporadas, serão necessários 45 pontos para livrar da queda. Ou seja, o Santa Cruz terá que vencer mais cinco partidas e ainda empatar uma para escapar.
“É importante ter esses confrontos diretos porque queremos sair dessa situação o mais rápido possível. Tendo isso, temos tudo para definir a nossa permanência. Quem sabe, com quatro ou cinco rodadas, teremos um fim de ano mais tranquilo”, disse o volante Derley.