Uma das polêmicas mais recentes envolvendo comemoração em Pernambuco foi no ano passado, quando o atacante Halef Pitbull, do Santa Cruz, bateu no escudo do Sport após marcar um dos gols na vitória coral por 2x1, na Ilha do Retiro. Hoje, pouco mais de um ano após o episódio e longe do Arruda (atua no Ipatinga, de Minas Gerais), o avançado diz que não se arrepende do gesto, mas não voltaria a repeti-lo.
“Não é que eu me arrependo, porque ali foi uma mistura de diversos fatores. Era clássico, decisão... Eu fiz um gol no meio disso tudo. Mas hoje eu não faria isso de novo. Eu sei o peso que carrega o escudo de uma equipe”, explica.
Pitbull disse ainda acreditar que a comemoração motivou os rubro-negros na partida da volta, no Arruda, quando venceram a Cobra Coral por 2x0. Os atletas leoninos direcionaram cânticos contra o então tricolor após a vitória, mesmo com a tentativa do Santa Cruz em botar “panos quentes” no caso – os corais colocaram uma faixa no vestiário visitante com a frase: “O Santa Cruz saúda o Sport Club do Recife”.
“Mexeu muito com o psicológico dos caras. Jogadores, comissão técnica e torcida. Acho que motivou muito eles também. Foi um clássico e nós éramos considerados favoritos por estarmos jogando em casa. Eles ficaram com muita raiva. Vieram para cima da gente. Foi o que aconteceu no segundo jogo”, completa.
CARLINHOS BALA SE ARREPENDE
Com repertório de provocações bem mais vasto que o de Pitbull, Carlinhos Bala não se arrepende da maioria dos seus gestos. Com a exceção de apenas um, justamente um dos primeiros da carreira, quando levantou o dedo do meio em direção à torcida do Sport, em 2006. O jogador acredita que havia diversas crianças assistindo ao jogo e ele acabou não sendo ético.
“Aquilo ali foi uma coisa que foi na emoção, na empolgação. Não sabia que iria afetar tanto o Sport. Foi uma situação que eu me arrependo até hoje. Muita gente ficou chateada, mas relevaram depois”, pontua. Sobre o “chororô” em direção à torcida do Náutico, em 2008, e as outras polêmicas, Carlinhos Bala diz não se arrepender de nada.
“Foi uma brincadeira e a gente pegou o embalo (contra o Timbu). Não magoou ninguém. Foi uma brincadeira. Foi uma coisa que não era para menosprezar ninguém. Foi comigo mesmo. Já tinha acabado a partida e as minhas brincadeiras eram sempre ao fim do jogo. Fazia isso para não poder ter volta, porque já tinha acabado o jogo”, conclui.
Na terça foi a vez de Neto Baiano, ex-Sport, voltar a provocar. No CRB, o jogador disse que sempre “deitou” no Arruda, chamando de “minha cama”. O Santa venceu a equipe do atacante por 2x1.