O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, garantiu nesta quinta-feira (11) que a próxima edição do Campeonato Pernambucano não deve apresentar o problema de datas verificado em outros anos. Em 2017, por exemplo, Salgueiro e Sport enfrentaram uma lacuna de mais de 30 dias entre os jogos da ida e volta da final. De acordo com o mandatário, os dias das partidas, inclusive, já teriam sido estabelecidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que garantiu 14 datas para o Estadual do próximo ano.
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"A CBF garantiu que os contratos de Sport, Náutico, Santa Cruz, Bahia e Vitória fossem cumpridos. Retirou datas de competições nacionais e nós vamos ter, aliás, até mais do que nós prevíamos. Nós iríamos ter 12 datas e a CBF conseguiu 14. Nós vamos ter um campeonato com muita qualidade, com 14 datas, com os finais de semana para Pernambuco e Bahia", declarou Evandro, em entrevista à Rádio Jornal.
DECISÃO
O mandatário deixou claro, porém, que o uso de todas as datas não é obrigatório. Essa determinação ainda será definida pelos clubes participantes. "Nós saltamos de 12 para 14 datas, o que nos permite realizar um campeonato com 12, 13 pu até 14 datas. Eu particularmente acho que não deveríamos usar as 14, mas a decisão não é da federação, é dos clubes. Se os clubes decidirem que vão usar 11, vão usar 11... a federação nem vota, nem tem poder de veto sobre forma e modelo de disputa do campeonato", garantiu.
Evandro Carvalho assegurou ainda que não haverá perigo de choque do calendário do Estadual com os de outros torneios disputados pelos clubes. "A CBF já divulgou ontem, nós já estamos com as datas, salvo o Bahia. Como poderá se classificar para a Sul-Americana terá de fazer uma escolha entre a Sula e a Copa do Nordeste. Haverá uma incompatibilidade. Não em relação ao Estadual, mas à Sula-Americana", observou.
FINANCEIRO
Apesar do próprio presidente da FPF negar a informação, o presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior mencionou uma reunião na próxima terça-feira (16) para tentar vender os direitos de nome (Naming Rights) do Campeonato Pernambucano. "Foi um interesse maior da federação, para tentar diminuir custos. O Pernambucano é caro, tem muita coisa para pagar", ressaltou.
Diógenes Braga, o vice-presidente do Náutico, também entrou na busca de recursos para o Estadual. "É uma necessidade grande, e para a gente brigar por recursos estatais, só conseguiria se pleiteasse em conjunto. Não adiantava individualmente", explicou. "Desde que encerrou o Todos Com a Nota, não há recursos que sejam destinados ao futebol, sejam pequenos ou grandes. Outros esportes têm. A gente vai trabalhar no sentido de mostrar a importância do futebol como produto pernambucano para, em bloco, pleitear esses recursos", completou o dirigente alvirrubro
Mesmo sem falar de uma procura ao Governo do Estado para esse 'Naming Rights', Evandro Carvalho afirmou que já foi debatido alternativas financeiras para arrecadar fundos para o torneio, como o Todos Com a Nota.