Carlyle Paes Barreto é titular da coluna Planeta Bola, do JC*
Em seis meses, o torcedor do Sport viu dois dos maiores ídolos de sua história recente acionar o clube na Justiça. Pelo mesmo motivo, salários atrasados. Mas de formas diferentes.
Enquanto Magrão já havia feito acordo extrajudicial, vinha recebendo as parcelas normalmente e tinha contrato em vigor, encontrou um jeito de antecipar a aposentadoria sem pagar rescisão, porque não se conformou com a reserva. Já Diego Souza aceitou dividir três meses em aberto de 2017 em dez cotas. Só recebeu uma. Com a ação judicial impetrada apenas um ano e meio depois.
Nos dois casos, no entanto, os vilões não foram os atletas. Longe disso. Mesmo apelando para uma forma dura, em relação ao torcedor. O problema aí foi a gestão. Os passos dados maiores que as pernas. A irresponsabilidade em várias ações. O não cumprimento de acordos. E que não vão ficar restrito a ídolos. São dezenas de ex-atletas em débito.
Deixando lições. Que jogador caro é aquele que o clube não pode pagar. Independentemente de qualidade. E mais caro ainda é dirigente incompetente.
Carlyle Paes Barreto é colunista do Jornal do Commercio*
Outros comentários de Carlyle
Boleiro raiz, Nereu Pinheiro formou craques e atuava sem frescura
Sport de volta à 'Fórmula 1' do futebol brasileiro
Caso Taison evidencia urgência em um basta definitivo ao racismo no futebol