O goleiro Felipe chegou nos Aflitos logo depois do Carnaval. De lá para cá, não sobraram muitas chances para estrear pelo Alvirrubro. Afinal, no Pernambucano 2012, travava uma disputa com ninguém menos do que Gideão, dono da posição e xodó da torcida. Passaram-se três meses até que o goleiro pudesse fazer a sua estreia, na partida contra o Botafogo, no último domingo. Como era esperado, sua entrada no lugar de Gideão não foi vista com bons olhos. Mas a polêmica foi encerrada ao realizar uma defesa dificílima, após jogada de Herrera, no início da etapa inicial.
“Geralmente, um jogador é avaliado pela primeira impressão. Tinha mais ou menos conhecimento do que Herrera poderia fazer. Saí fechando os cantos e sabia que ele daria uma cavada. E consegui fazer a defesa. Foi bom passar essa primeira impressão”, avaliou.
Felipe foi lançado pelo técnico Alexandre Gallo, no Santos, quando tinha 16 anos. O treinador conhece bem o seu trabalho e sente confiança nele para o decorrer da Série A do Campeonato Brasileiro. Por isso foi escolhido, na sexta-feira, antes do embate contra o Bota. Seu anúncio oficial, no entanto, no dia da partida, causou grande surpresa.
“Gallo me lançou e eu já joguei com ele no Figueirense. Mas se eu não estivesse bem ou não tivesse qualidade, certamente ele não iria me lançar. A questão aí é o trabalho. Estou me dedicando desde que cheguei e nunca desisti de lutar pelo que eu quero”, disse.
Sobre a relação com Gideão, garante que os dois continuam se dando bem. “É duro ser de uma posição que geralmente só um joga. Mas nós nos respeitamos. E entre goleiros têm de ser assim. Até porque se trata de uma posição sofrida. Se você não encontrar apoio entre os de mesma posição, fica difícil. Mas fui muito bem recebido aqui”, disse.