O presidente do Náutico, Glauber Vasconcelos, bem que tentou, mas não conseguiu dar uma explicação clara e convincente sobre a “acolhida” dada aos integrantes da torcida organizada do Paysandu, coligada da alvirrubra Fanáutico, na sede do clube. Apesar das imagens que mostram os torcedores de Belém circulando desde a tarde da terça-feira nas dependências, ele isentou o Náutico de qualquer conivência com o grupo e anunciou a criação de uma comissão para apurar o incidente.
“Nós criamos uma comissão e o diretor de patrimônio (Roberto Andrade) vai coordená-la. Ela vai ter uma semana a contar de hoje (ontem) para apurar os fatos, responsabilidades e propor modificações, caso se identifique algum tipo de desvio de controle que ocorreu no clube”, disse.
O mandatário alvirrubro explicou como houve a entrada no clube. “Um grupo de torcedores do Paysandu acompanhados por torcedores que apresentaram na entrada a carteira de sócios entraram no clube e, inclusive, solicitaram a possibilidade de tomar banho aqui já que tinham chegado de viagem. Estamos levantando os sócios que trouxeram essas pessoas. E ao que nos consta a foto que circula na internet foi justamente depois desse banho. A torcida quando tomou o famoso banho teria se vestido com camisa do Paysandu e não com camisa de organizada”, disse.
O episódio de terça-feira não foi o primeiro envolvendo a direção do Náutico e as torcidas organizadas (veja quadro ao lado). O último havia sido a invasão do Centro de Treinamento do clube, na Guabiraba, por cerca de 25 integrantes que ameaçaram os jogadores e a comissão técnica. Em outra oportunidade, o Náutico chegou a emprestar o seu parque aquático para membros da Cearamor, torcida organizada do Ceará (coligada à Fanáutico).