Pernambucano

Queixas contra cambistas para decisão do Pernambucano

Alvirrubros reclamam da ação de cambistas. Direção do Náutico e autoridades respondem

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Publicado em 04/04/2018 às 7:44
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Alvirrubros reclamam da ação de cambistas. Direção do Náutico e autoridades respondem - FOTO: Diego Nigro/JC Imagem
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A torcida timbu tem usado diversos meios para tentar denunciar a ação de cambistas com os ingressos da final do Pernambucano, entre Náutico e Central, no domingo (8), na Arena de Pernambuco. A suspeita da venda ilegal de entradas, nos arredores dos Aflitos, circula desde a última segunda (2), depois que os 38.880 bilhetes disponibilizados para os alvirrubros se esgotaram. Além de fazerem alertas pelas redes sociais, alguns torcedores procuraram o Juizado Especial do Torcedor, a Promotoria do Torcedor e a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE).

Ainda assim, o cambismo continuava ocorrendo na tarde da última terça (3), nos arredores do estádio de Conselheiro Rosa e Silva, Zona Norte do Recife. Em uma rápida passagem pela Rua da Angustura, a reportagem do Jornal do Commercio foi abordada, de forma consecutiva, por dois cambistas. Eles dispunham de ingressos para os setores Norte inferior e Oeste (Premium) da Arena. Mas são os valores praticados que chamam atenção. Enquanto o clube colocou as entradas para esses locais do estádio a R$ 20, R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira), respectivamente, os cambistas estavam vendendo por R$ 100 (Norte) e R$ 200 (Oeste).

“O problema com cambista é claro. Fizemos o possível, dentro das nossas limitações. Reduzimos nosso quadro e temos limitação de pessoal para operar um jogo desse porte. E, se você pegar um evento grande, seja artista, jogo de Eurocopa ou Copa do Mundo, temos cambistas”, justificou o vice-presidente do Náutico, Diógenes Braga.

Junto ao Juizado Especial do Torcedor, a reportagem apurou que o órgão foi procurado por um alvirrubro que conseguiu ter um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) registrado contra um cambista. O torcedor foi destinado à promotoria, também solicitada por outros torcedores inconformados com a situação. “Estou desesperada atrás de ingresso e não tem mais!”, reclamou a alvirrubra Cybele Raiane.

De acordou com a assessoria de comunicação da PMPE, a polícia foi acionada na manhã da terça (3) por torcedores que diziam estar sendo ameaçados por cambistas. Ao chegar nas ruas que circundam os Aflitos, porém, os policiais não teriam encontrado qualquer anormalidade. A assessoria relatou ainda que as câmeras de segurança também foram checadas. Na ausência de algo suspeito, os policiais deixaram o local sem prender ninguém.

O cambismo é crime previsto pelo Estatuto do Torcedor, com penas de dois a quatro anos de reclusão e multa. A lei ainda determina o aumento da punição se os envolvidos forem servidores públicos, dirigentes e pessoas ligadas à organização do evento, torcidas organizadas e entidades esportivas.

PATATIVA

Apesar do Timbu não ter confirmado, o Central espera contar com uma carga de 6.500 ingressos para a final de domingo. A expectativa partiu do próprio presidente do clube, Clóvis Lucena. De acordo com o mandatário, 4 mil entradas serão vendidas em Caruaru e as 2.500 restantes na Arena.

“A princípio, foram oferecidos apenas 2.500 ingressos para a torcida do Central. Não concordamos porque é um número muito inferior ao que temos direito. Então, ficou acordado 6.500 ingressos”, argumentou o presidente do alvinegro. A intenção é que as vendas comecem hoje em Caruaru.

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