Pernambucano

De 'displicente' a gol do título, a redenção de Jobson no Náutico

Após início de 2018 apagado, volante fez um dos gols do título do Estadual

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 09/04/2018 às 11:05
Alexandre Gondim/JC Imagem
Após início de 2018 apagado, volante fez um dos gols do título do Estadual - FOTO: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Uma reviravolta escrita como num roteiro de cinema. Assim pode ser definida a caminhada de Jobson pelo Náutico em 2018. No primeiro desafio, duras críticas do treinador Roberto Fernandes e “geladeira” no elenco alvirrubro. No último domingo (8), um dos responsáveis pelo título do Pernambucano e ovacionado pela torcida. No Timbu, poucos entendem de reconstrução quanto o volante.

Contra o Itabaiana-SE, ainda em janeiro, apesar da classificação, o volante Jobson foi muito criticado. No jogo de ida, com um 0x0 insosso, foi o centro das atenções ao isolar uma falta. Na volta, perdeu uma das penalidades após nova igualdade sem gols. Na coletiva depois da classificação, o treinador Roberto fez duras críticas ao jogador, pedindo mais empenho e dedicação com a camisa do Timbu. Disse que o jogador tem condições de jogar a Série A, mas que não poderia ser tão displicente.

Além da dura, Jobson também passou um tempo sem atuar pelo clube da Rosa e Silva. Até março, dos 16 jogos seguintes do Náutico na temporada, atuou só em dois, com menos de 90 minutos somando ambos os duelos. Com o passar do tempo se destacando nos treinos, voltou a aparecer. Surpreendendo a todos, foi titular já na decisão contra o Bahia, pela Copa do Nordeste. De lá para cá, seis participações em oito confrontos do Timbu. E a boa notícia não foi só dentro dos campos.

PAPAI JOBSON

Do lado de fora, uma notícia que mudou a vida de Jobson e até o impulsionou a uma fase de artilheiro no clube. No dia anterior a semifinal do Pernambucano, contra o Salgueiro, o volante descobriu que vai ser papai. No jogo seguinte, fez seu primeiro gol com a camisa do Náutico, contra o Altos-PI, pelo Nordestão, em oito meses de clube. No último domingo (8), mais um tento, o decisivo e que tirou o Timbu da fila de 14 anos sem títulos, em bela jogada individual contra o Central.

“Eu sou tenho a agradecer a minha família e amigos. O elenco está de parabéns. Foram 35 jogadores usados e todos deram conta do recado. Pude fazer o gol e espero ajudar muito ainda. Foi o gol mais importante da minha carreira e que deu o título pra gente. Roberto sempre pegou no meu pé e dizia que eu era importante. O professor estava apostando em mim. Se eu não conseguia render, o problema era eu. Coloquei a cabeça no lugar e Graças a Deus, agora com meu filho ou filha, é só agradecer as coisas boas que estão acontecendo comigo”, explicou Jobson.

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