NÁUTICO

Matheus Carvalho, do Náutico, concede entrevista exclusiva ao JC

Entre os assuntos, jogador falou sobre os estudos além dos gramados

Karoline Albuquerque
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Karoline Albuquerque
Publicado em 09/06/2019 às 9:02
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Entre os assuntos, jogador falou sobre os estudos além dos gramados - FOTO: Foto: JC Imagem
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No quadro Fora de Campo, do Movimento Esportivo, da Rádio Jornal, a repórter Karoline Albuquerque conversou com o alvirrubro Matheus Carvalho.

JORNAL DO COMMERCIO: Em uma coletiva, você falou sobre educação, sobre voltar a estudar, fazer faculdade. Como você chegou a essa decisão?

MATHEUS CARVALHO: Na verdade, minha família sempre apoiou essa parte. Eu vinha tendo vários exemplos de atletas estudando também pós-carreira e outros até atuando mesmo estudando. Vários amigos também, como Igor Rabello, que passou por aqui pelo Náutico. A gente tem que seguir esses bons exemplos e tentar pegar tudo isso e trazer para nossa vida. Acho que todo atleta já tem que pensar na carreira lá no futuro. A gente não sabe o que vai acontecer, nossa carreira é muito curta. Muitos atletas quando acabam a carreira não sabem o que fazer. Isso é um caminho próspero. Acho que é um caminho bom e estudo, conhecimento, agrega muito para nossa vida.

JC: Administração sempre foi um segundo plano ou teria outras ideias de curso a fazer?

MC: Na verdade, foi meu primeiro plano. Eu tenho vontade de ter uma empresa, de ser um gestor. Mas, eu estou aberto. Claro que minha maturidade de hoje não vai ser daqui a quatro, cinco anos. Atualmente, estou pensando em administração para aprender essa parte de gestão, de recursos humanos e outras matérias que estamos fazendo. Estou buscando esse conhecimento atualmente.

JC: Isso significa que na época em que você fazia base, estudava na escola, era um bom aluno? A família cobrava isso, de para jogar precisava ir bem na escola?

MC: Meus pais sempre me orientaram que eu não dependesse só de futebol. A gente sabe que nossa carreira tem alguns imprevistos. Graças a Deus, eu consegui chegar ao profissional, consegui ter uma história boa e estou conseguindo ter uma sequência aqui no Náutico com a chegada do professor Dal Pozzo. Minha família sempre me apoiou em todas as decisões que eu queria tomar. Esse apoio do estudo, da educação, eles sempre falavam comigo. "Matheus, faz uma faculdade." Por falta de tempo, a gente sabe que é meio complicado. Mas eu voltei, já tinha começado há três, quatro anos. Agora voltei. Vi que tinha campus aqui no Recife, em Boa Viagem. Já fiz uma nova matrícula. Botei pilha até no Luiz Carlos, goleiro. A gente estava conversando várias vezes e ele falou que vai fazer também. Acabou que foi uma companhia. De vez em quando a gente fica na concentração conversando sobre as matérias. Isso é muito bom. Um agrega para o outro. Outros atletas também até perguntam por curiosidade. A gente agrega bastante para o clube e para jogadores mais jovens que pegam a gente como exemplo.

ESTUDANDO NA CONCENTRAÇÃO

JC: Você chega a levar para a concentração material? Tem que fazer prova, trabalho, traz o material para dar uma adiantada?

MC: Sim. Tem muitas aulas que eu tenho que correr atrás, porque as provas já estão chegando. Tem todo um calendário acadêmico. A gente tem que seguir. É como a gente tem a disciplina aqui do futebol, de horário, de cumprir horários nas viagens, uma conduta ou outra. A gente tem que seguir com o estudo também. Tem que ser bem profissional nas duas partes. É isso que eu quero para minha vida. Quero seguir essa parte da administração. Estou gostando da matéria, do ensino. Quero pegar esses bons exemplos que estou tendo para seguir em frente na minha carreira e quem sabe depois que eu tiver meus filhos passar isso para eles.

JC: Além dessa parte de estudo, você é do Rio de Janeiro. Quando chegou ao Recife, tem percebido muita diferença na vida fora dos treinamentos?

MC: Aqui é uma cidade grande, tem algumas pessoas que eu já conhecia, alguns amigos dos meus pais também que moram aqui e são do Rio. Me acolheram bem. Eu fui muito bem recebido aqui no Náutico por todas as pessoas, todo o staff. Do tiozinho que limpa nosso vestiário até o presidente.

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