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Diretor de laboratório antidoping russo anuncia demissão

A Rússia corre o risco de ser suspensa de todas as competições de atletismo, incluindo os Jogos Olímpicos de 2016

Da AFP
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Publicado em 11/11/2015 às 9:42
Foto: YURI KADOBNOV / AFP
A Rússia corre o risco de ser suspensa de todas as competições de atletismo, incluindo os Jogos Olímpicos de 2016 - FOTO: Foto: YURI KADOBNOV / AFP
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O diretor do laboratório antidoping de Moscou, acusado de integrar um sistema de "doping organizado" pelo Estado russo, pediu demissão na terça-feira(10) à noite.

Um relatório explosivo divulgado na segunda-feira (9) pela Agência Mundial Antidoping (WADA na sigla em inglês) acusa o agora ex-diretor do laboratório, Grigory Rodchenkov, de estar no centro de um sistema generalizado de doping no atletismo russo, que inclui sobretudo a destruição de testes positivos para substâncias consideradas dopantes.

A demissão foi anunciada pouco depois da WADA suspender o credenciamento do laboratório russo.

"O atual diretor do laboratório antidoping de Moscou, Grigory Rodchenkov, anunciou sua demissão", afirmou Natalya Zhelanova, conselheira do ministro russo dos Esportes, Vitaly Mutko, à agência Interfax.

"O ministro aceitou o pedido de demissão e uma das especialistas do laboratório, Maria Dikunets, foi nomeada em seu lugar", completou Zhelanova, que confirmou "a suspensão temporária do credenciamento do laboratório".

O presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), Sebastian Coe, deu à Federação Russa prazo até o fim de semana para apresentar uma resposta às acusações da WADA. 

A Rússia corre o risco de ser suspensa de todas as competições de atletismo, incluindo os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, uma recomendação da WADA.

"Na terça-feira tive discussões com os presidentes da WADA e da IAAF e posso dizer que não vejo obstáculo insuperável para resolver esta situação", declarou o ministro.

"Temos jovens atletas para os quais serão os primeiros Jogos Olímpicos. E para outros serão os quintos Jogos Olímpicos. Os atletas inocentes não deveriam sofrer", completou Mutko.

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