Jogos do Rio

Dirigente do COI pede firmeza nas investigações contra Nuzman

Na opinião do dirigente Richard Pound, a reputação do Comitê Olímpico Internacional está sendo 'manchada' ante aos olhos do mundo

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Publicado em 08/09/2017 às 19:31
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Na opinião do dirigente Richard Pound, a reputação do Comitê Olímpico Internacional está sendo 'manchada' ante aos olhos do mundo - FOTO: Foto: AFP
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O canadense Richard Pound, veterano membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), se pronunciou nesta sexta-feira (8) sobre as investigações que apuram a fraude na escolha do Rio de Janeiro para sede da Olimpíada de 2016. Ele pediu que todos os membros da entidade atuem com firmeza especialmente no julgamento de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e que também foi mandatário do Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016.

Na opinião do dirigente, que chegou a ser vice-presidente do COI, "a reputação da entidade está sendo manchada ante aos olhos do mundo". Por isso, cobrou a todos. "Necessitamos ser mais firmes neste caso, porque estamos sendo atacados e parece que não estamos fazendo nada", comentou em entrevista à Associated Press (AP).

A entidade aguarda por um relatório completo sobre o caso Carlos Arthur Nuzman antes de tomar alguma decisão. "De imediato, não estamos fazendo muita coisa. Mas não dá para ficar sem fazer nada, quando alguém diz que um dos membros está atuando de forma ilegal e que há vários outros com conduta inapropriada", prosseguiu Richard Pound.

Polícia Federal

Na última terça-feira, as procuradorias do Brasil e da França realizaram operação de busca e apreensão na casa de Carlos Arthur Nuzman, no Rio, que também teve de ir à sede da Polícia Federal prestar depoimento. O dirigente é suspeito de ter tido atuação decisiva para compra de apoio de dirigentes da África, da América do Sul e da Ásia para aprovar o Rio como sede dos Jogos de 2016.

Richard Pound disse que sempre ouviu informações negativas sobre as gestões de Carlos Arthur Nuzman nos Jogos do Rio-2016. No entanto, afirmou também que não havia indícios de que o brasileiro estivesse envolvido em corrupção.

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