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Basquete timbu busca reabilitação

Em 2011, o clube venceu apenas uma das dez partidas que disputou no segundo turno do Estadual e terminou em último no torneio

Eduardo Donida
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Eduardo Donida
Publicado em 19/01/2012 às 20:05
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Ano 1968. Se no futebol o período foi de glória para o Náutico, com a conquista do inédito hexacampeonato pernambucano, o basquete alvirrubro não ficou para trás: foi o quarto colocado na Taça Brasil de Clubes, triunfo precursor do maior título nacional, o Campeonato Brasileiro, que viria para a Rosa e Silva seis anos depois. Mas, embora a história nas quadras seja de sucesso, o momento atual da modalidade no clube não é tão motivador. O jejum de títulos estaduais já chega a 16 anos. Em 2011, a equipe adulta ainda amargou a lanterna do Campeonato Estadual, com aproveitamento de 10% no segundo turno e excesso de críticas. De quebra, viu o maior rival, o Sport, levantar a taça.

“Todos os jogadores jogam em nível amador, de graça. Faltam patrocínio e incentivo. O resultado só pode ser esse mesmo”, desabafou o técnico alvirrubro Zenílson Serrano, o Neném. “Além disso, perdemos jogadores importantes no ano passado, como dois americanos que atuavam conosco, mas voltaram para casa, e outras pratas da casa que passaram a defender equipes rivais. Tivemos que atuar com a equipe juvenil durante todo o torneio”, completou, fazendo referência a jogadores como Guilherme Negreiros, que no ano passado foi o destaque da equipe rubro-negra no Pernambucano.

Segundo o presidente da Federação Pernambucana de Basquete, Luiz Moraes, Pezão, os problemas vão mais além do que más atuações dentro de quadra. “Talvez não estejam dando a devida atenção ao basquete no clube. Acredito que falta um diretoria específica, um comando e, especialmente, um planejamento que busque manter a tradição do clube no esporte”, disse.

Procurado pela reportagem do Jornal do Commercio, o diretor de esportes amadores do Náutico, Pedro Montenegro, reforçou a necessidade de patrocínios para que o clube torne a ser uma potência no Estado. No momento, Pedro acumula funções dentro do clube, assumindo também a diretoria do basquete.

“É fundamental para qualquer federação, em qualquer campeonato, poder contar com times de nome. E é isso que queremos, voltar a ter equipes com a grandeza de Náutico e Santa Cruz, por exemplo. São times de torcida apaixonada, que apoia seja no futebol, no basquete ou em qualquer outra modalidade, e certamente só o esporte tem a crescer com isso”, opinou Pezão.

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