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Remadores pelo meio-ambiente

Atletas pernambucanos põem em prática ações do projeto de recuperação das águas do rio Capibaribe

Do JC Online
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Publicado em 04/04/2012 às 20:44
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O Capibaribe ganhou duas aliadas na luta contra a poluição de suas águas. Na manhã desta quarta (04/4), as irmãs pernambucanas Kátia e Cláudia Alencar, ex-atletas da seleção brasileira de remo, puseram em prática uma das propostas do recém-formado Comitê de Meio Ambiente da Federação de Remo. Da sede náutica do Sport, na Ilha do Leite, as gêmeas desceram o rio para conversar com comunidades ribeirinhas sobre o convívio com o lixo.

Idealizado pelas ex-atletas em conjunto com a Federação Pernambucana de Remo (FPR), o comitê que projeta ações de recuperação dos rios ainda está na fase de articulação.

Alinhada com a realização da Copa 2014, a ideia se baseia no desenvolvimento de ações de preservação do meio ambiente vinculada com a prática do esporte. “Pretendemos fazer do Estado uma referência não só para o Brasil, mas como para o mundo. Para isso, temos que mobilizar a população, em parceria com o Governo, as escolas e o esporte”, afirmou Kátia.

Além de trazer para Pernambuco a primeira federação esportiva ecoeficiente do País, a proposta visa potencializar e valorizar a prática do remo no Estado. “Os remadores são os fiscais do rio. Assistem todo dia, lentamente, à degradação do ambiente onde treinam. Temos a responsabilidade de adotar um modelo de sustentabilidade”, contou o presidente da FPR, Ricardo Serrano.

O comitê pretende juntar forças com projetos sustentáveis em andamento em escolas municipais e incluir os ribeirinhos na revitalização das águas do Capibaribe. Para apresentar a proposta e mobilizar os atletas do esporte pelo País, Pernambuco recebe, em maio, a Copa Norte-Nordeste de Remo. Na competição, o comitê organizará uma gincana eco-fluvial com foco na recuperação do meio-ambiente.

Ex-campeão sul-americano, o pernambucano Cléber Ferraz foi convidado para fazer parte da iniciativa e apoia a ideia de que só depois que a população passar a utilizar mais o rio, seja com a implantação do transporte fluvial, seja com a prática do esporte, haverá multiplicação da conscientização ambiental. “A revitalização do Capibaribe não é difícil. O rio Tâmisa, na Inglaterra, foi limpo em dez anos. Uma atitude de um grupo pode se tornar viral”, analisou Cléber.

Em junho, a equipe pernambucana irá lançar o projeto mundialmente na conferência de desenvolvimento sustentável, Rio + 20, no Rio de Janeiro.

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