Há 12 dias, o surfista potiguar Aldemir Calunga viu a morte de perto. Especialista em condições extremas, acidentou-se quando quis sair de uma onda relativamente pequena. A prancha foi de encontro ao seu rosto, o atleta desmaiou e por muito pouco não se afogou. Foi salvo pelos companheiros e por salva-vidas mexicanos, da Praia de Puerto Escondido, em Zicatela. Calunga ficou em coma por três dias, passou por uma intervenção cirúrgica para tirar a areia depositada nos pulmões e se recuperou. Ao acordar, há oito dias, perguntou ao seu empresário, o cearense Petrônio Tavares, que o acampanhava, o que tinha ocorrido afinal de contas. Na última quinta-feira, o potiguar pôde enfim retornar para casa. Ele desembarcou no aeroporto de Fortaleza, onde sua família preparou a maior festa. Calunga está bem e já pensa em voltar a surfar. Sem o mínimo de receio. "Faço aquilo que eu amo", disse.