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Broncos e Seahawks decidem Super Bowl

Time de melhores números no ataque enfrenta o de defesa mais eficiente em um jogo sem precedentes na história da final do futebol americano

Thiago Neuenschwander
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Thiago Neuenschwander
Publicado em 02/02/2014 às 8:30
Ezra Shaw/Getty Images/AFP
Time de melhores números no ataque enfrenta o de defesa mais eficiente em um jogo sem precedentes na história da final do futebol americano - FOTO: Ezra Shaw/Getty Images/AFP
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Não houve espaço para surpresas. O Super Bowl desse ano, a grande final do futebol americano nos Estados Unidos, será decidido pelas duas potências do esporte na atualidade. De um lado, o Denver Broncos, melhor time da Conferência Americana (AFC) e dono do ataque mais letal da história da liga, comandado pelo veterano quarterback (QB) Peyton Manning. Do outro, o Seattle Seahawks, campeão incontestável da Conferência Nacional (NFC). Equipe com a defesa mais temida e competente de toda a National Football League (NFL). Pela primeira vez na história, o time de melhores números no ataque enfrentará o de melhor defesa em uma decisão. O duelo sem precedentes acontece hoje, às 21h (horário do Recife), no Metlife Stadium, em Nova Jersey.

Broncos e Seahawks não chegaram à decisão por acaso. Ambos venceram suas respectivas conferências na temporada regular com 13 vitórias e apenas três derrotas. Nos playoffs, a franquia de Denver não teve dificuldades para suplantar San Diego Chargers e New England Patriots em seus domínios e garantir vaga no Super Bowl. Seattle teve jogos mais apertados contra New Orleans Saints e San Francisco 49ers, mas venceu os adversários em seu estádio e também conseguiu um bilhete para a decisão com muita propriedade. Os Broncos tentam vencer pela terceira vez o Super Bowl, desde que a grande final da NFL foi criada em 1967.

Nas duas vezes que chegou ao título, nas decisões de 1998 e 1999, contava com o talento do extraordinário quarterback John Elway, uma das lendas do esporte e hoje general manager da franquia. Atualmente, o time do Colorado é liderado pelo incansável Peyton Manning. Aos 37 anos, o QB quebrou, neste campeonato, o recorde de lançamentos para touchdown (55) e de jardas aéreas (5.477) durante a temporada regular. Os números do camisa 18 tornaram o ataque de Denver o mais prolífico de toda a história da NFL. É nesse retrospecto e em uma linha de recebedores talentosos – que inclui Demaryius Thomas, Eric Decker e o ex-queridinho de Tom Brady, nos Patriots, Wes Welker – que os Broncos apostam suas fichas para o tri.

Pelo lado dos Seahawks, o grande trunfo para sair de Nova Jersey como novo campeão da NFL é o jogo sólido de sua defesa, que cedeu apenas 231 pontos aos adversários em 16 jogos da temporada regular. A secundária, área da defesa responsável pela marcação dos recebedores, é conhecida pela alcunha de “Legion of Boom”, algo como a gangue do barulho em tradução livre. Os safeties Earl Thomas e Kam Chancellor, e os cornerbacks Byron Maxwell e Richard Sherman são o pesadelo de qualquer quarterback. Só esse último foi responsável por oito interceptações durante a temporada. No ataque, o time ainda conta com o talento do jovem QB Russell Wilson, que sabe variar bem jogadas terrestres e áreas, além do explosivo Marshawn Lynch, um dos principais corredores da liga.

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Richard Sherman é o dono da defesa dos Seahawks (Foto: Jonathan Ferrey/Getty Images/AFP)

Apesar do aparente equilíbrio entre as equipes, um fator pode pesar em favor dos Seahawks. O clima polar que atinge os EUA pode provocar uma nevasca violenta na hora do jogo. As temperaturas podem chegar a -7ºC, de acordo com as primeiras previsões. Nesse cenário, o jogo aéreo dos Broncos pode ser afetado. Seu principal jogador, porém, disse não estar preocupado. “Jogamos em vários climas, então acho que nosso time está preparado. Conseguiremos lidar com isso, independentemente do clima”, avaliou o QB Peyton Manning.

ESPETÁCULO - O Super Bowl não atrai os olhares do mundo todo apenas pelo jogo, mas pelo espetáculo que ano após ano bate recordes midiáticos nos EUA. Prova disso é que o evento possui os espaços comerciais mais caros da televisão americana. Uma inserção de apenas 30 segundos custa US$ 4 milhões (R$ 6,69 milhões) e é disputado às tapas pelas grandes multinacionais. A final do ano passado foi vista por aproximadamente 108 milhões de pessoas só nos EUA. Outro tradição da maior festa do esporte americano é o show do intervalo, que já teve a participação dos maiores nomes da música mundial, como Madonna, Michael Jackson e os Rolling Stones. Neste ano, quem comanda o som é Bruno Mars, com a participação do Red Hot Chilli Peppers.

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