Jogos Pan-Americanos

Brasileiros já passaram vexame nos Jogos Pan-Americanos

Alguns atletas do País também tiveram suas histórias marcadas por grandes decepções no evento

Do JC Online
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Publicado em 11/05/2015 às 8:35
Getty Imagens/ Divulgação
Alguns atletas do País também tiveram suas histórias marcadas por grandes decepções no evento - FOTO: Getty Imagens/ Divulgação
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Apesar de a derrota ser tão natural ao esporte quanto a própria vitória, os contextos vivenciados por cada equipe e atleta contribuem para que o fracasso, por vezes, seja maximizado ao ponto de ficar enraizado na memória de algumas modalidades. Eventos poliesportivos como os Jogos Pan-Americanos, que terão a sua 17ª edição realizada em julho, no Canadá, costumam ser o cenário ideal para eternizar conquistas e frustrações na mesma proporção. E com o esporte brasileiro não é diferente. 

Provavelmente saiu das piscinas a maior das decepções já vivenciadas pelo Brasil nos 64 anos de história do torneio. Tendo as norte-americanas como rivais imbatíveis, a natação feminina do País sentiu a euforia momentânea de superar as adversárias no Pan do Rio-2007. A responsável pelo “feito” foi a brasiliense Rebeca Gusmão, que venceu os 50m livres e voltaria ao alto do pódio nos 100m da mesma prova. Ela também garantiu uma prata e um bronze em revezamentos.

Logo depois, entretanto, a alegria foi sufocada pelo caso de doping da nadadora. Com altos níveis de testosterona em suas amostras de sangue, ela teve de devolver as medalhas e acabou banida do esporte por ser reincidente. Para piorar, o doping de Rebeca Gusmão foi o primeiro do Brasil na história dos Jogos Pan-Americanos. 

Outra decepção brasileira foi a prata de Fabiana Murer no Pan de Guadalajara, em 2011. Não pelo segundo lugar em si, mas pela forma como a então campeã mundial do salto com vara se comportou na final. Alçada à condição de estrela, a brasileira esperou as rivais chegarem a 4,50m para só então fazer seu primeiro salto. Só que ela precisou de três tentativas para superar a marca. Foi aí que a cubana Yarisley Silva conseguiu 4,60m e ficou em disputa particular com a brasileira até o sarrafo atingir 4,75m. A adversária conseguiu na primeira tentativa. Fabiana ficou pelo meio do caminho, assim como o ouro, considerado praticamente certo pelos brasileiros.

A ex-ginasta Daiane dos Santos disputou seu último Pan com uma grande frustração. Com três medalhas nos Jogos, ela nem sequer chegou às finais em Guadalajara. Despediu-se do torneio com um tombo que a deixou caída de costas durante o solo por equipes. À primeira brasileira campeã mundial na prova só restaram as lágrimas.

O choro também vem sendo livre para os garotos da seleção brasileira sub-20 de futebol que representam o Brasil na competição. Desde 1987, quando conquistou seu quarto e último ouro, o País acumula vexames no torneio - à exceção da prata em Santo Domingo-2003. O pior deles aconteceu justamente no Maracanã. Com 50 mil torcedores no estádio, o Brasil foi eliminado do Pan do Rio-2007 depois de perder para o Equador por 4x2. Nas arquibancadas, sobraram vaias. Entre os jogadores, lágrimas, vergonha e decepção.

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