Estreantes em competições internacionais, as pernambucanas Rebeka Carolyne, de 11 anos, e Ana Lívia, de 12, não se deixaram pressionar pela falta de experiência em torneios fora do País e se sagraram, na última quinta-feira (5), campeãs do Pan-Americano de Judô Sub-13 e Sub-15. No evento, que está acontecendo em Córdoba, na Argentina, até domingo, Rebeka conquistou o ouro na categoria super ligeiro (- 28kg) e Lívia na pesado (até 52kg). Nesta sexta-feira (6), Pernambuco vai ter outros dois judocas em ação pela seleção brasileira Sub-5. Hanna Laryssa luta a categoria ligeiro (até 40kg) e Leonardo D’agostin a pesado (até 64kg).
Rebeka foi a primeira pernambucana a estrear na competição e não teve muito trabalho para chegar ao título. Como a sua categoria é voltada a atletas muito leves, é normal haver um esvaziamento, mesmo em eventos internacionais. Apesar de só ter feito uma luta contra uma adversária dos Estados Unidos, ela fez por onde não deixar dúvidas sobre o seu mérito de ser campeã. Sem dar chances à oponente, tratou de vencer a luta com um ippon, o golpe perfeito.
Ana Lívia também tratou de vencer todas as suas lutas por ippon. Mas, diferente da conterrânea, não teve um caminho tão cuo até o título. Na estreia, ela passou por uma oponente da Argentina. Depois foi a vez de colocar uma norte-americana de costas no tatame. No terceiro embate, a pernambucana superou uma judoca da Colômbia e, na final, venceu novamente uma representante argentina.
“Ficamos muito satisfeitos em verificar, na prática, que todo o talento delas, somado aos treinamentos, podem trazer frutos como esses. Vamos continuar trabalhando para que esse seja apenas o primeiro de muitos títulos internacionais”, disse um dos treinadores de Ana Lívia Derval Rego. A garota, assim como a conterrânea, também é treinada por Gabriela de Souza. Ambas representam a associação que leva o mesmo nome da técnica.