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Para especialista, Etiene não teve intenção de se dopar com fenoterol

Pernambucana aguarda julgamento no STJD para definir futuro na carreira e participação nos Jogos Olímpicos

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Publicado em 17/06/2016 às 13:05
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Pernambucana aguarda julgamento no STJD para definir futuro na carreira e participação nos Jogos Olímpicos - FOTO: JC Imagem
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A nadadora Etiene Medeiros sofre por com de asma desde criança. Inclusive, foi a doença um dos motivos que a fez ingressar nas aulas de natação ainda na infância. Por ironica do destino, foi um remédio antiasmático que contém a substância proibida fenoterol que a colocou em uma situação bastante delicada no esporte. Etiene foi flagrada no exame antidoping e pode ficar fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. 

O doutor especialista em otorrinolaringologia Corintho Viana explicou que o fenoterol é bastante utilizado em pessoas que sofrem com crises de asma. Mas, quando há uso crônico da substância, os efeitos colaterais podem acelerar os batimentos do coração e deixar o organismo mais ávido por oxigênio. “Quer dizer que o oxigênio vai entrar mais rápido e o atleta pode ser beneficiado. Mas isso só acontece com o uso contínuo da substância, o que não deve ser o caso”, falou o doutor. 

Uma dosagem alta do fenoterol pode ter efeito anabolizante, oferecer mais força e resistência aos atletas. Técnico de Etiene na época em que ela treinava no Recife, João Reinaldo, o Nikita, confirmou que a nadadora tomava remédio controlado e, muitas vezes, as atividades precisavam ser paralisadas para ela se recuperar de uma crise. “Ela tem uma asma diferenciada, que é ativada quando há momentos de estresse. Ela usava uma bombinha e eu consultei um médico, comuniquei à Confederação e tive autorização para ela participar de competições. Não sei se a regra ou a dosagem mudaram”, observou Nikita.

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