Os fãs brasileiros da F-1 podem estar fazendo uma espécie de despedida do Grande Prêmio Brasil, no Autódromo de Interlagos. Este domingo (17) corre risco de ser a penúltima prova da categoria no local. O vínculo entre a FOM (Formula One Management), braço comercial da modalidade, e a Interpub, empresa que organiza a corrida no Brasil há três décadas, chega ao fim no próximo ano e a renovação está travada por aspectos financeiros e políticos.
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As negociações começaram no ano passado, mas não avançaram. A FOM quer uma taxa de promotor para renovar com a cidade de São Paulo. A capital paulista tem recebido as corridas da elite do automobilismo de forma consecutiva desde 1990.
A corrida no Brasil, assim como em Mônaco, é isenta dessa cobrança, de acordo com o contrato assinado em 2014, na gestão de Bernie Ecclestone. Mas britânico vendeu a FOM para o Grupo Liberty Media por R$ 26 bilhões em 2016. São Paulo tem a isenção da taxa até a corrida do ano que vem.
Atualmente chefiada pelo americano Chase Carey, a FOM tem mostrado postura diferente da gestão anterior na hora de negociar contratos. O GP da Alemanha, fora da próxima temporada, é um exemplo. O acordo, nos termos firmados por Ecclestone, acabou no ano passado e não foi renovado. Neste ano, a Mercedes teve de pagar a taxa de promotor. Coisa que não deve voltar a acontecer em 2020.
OUTRO FOCO
Enquanto perde o tradicional GP alemão, a F-1 sob o comando de Carey quer explorar mercados inéditos. O Vietnã será um novo palco da modalidade a partir de 2020. "Desde que nos envolvemos neste esporte, falamos sobre o desenvolvimento de novas cidades, ampliar o apelo da F-1, e o GP do Vietnã é uma realização dessa ambição", disse Carey durante o anúncio do país asiático.