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Ian Gouveia tem ano ainda mais difícil que 2017 na elite do surfe

Pernambucano se prepara para a sétima etapa do Mundial na 33ª colocação. Apenas os 22 do ranking seguem no Circuito dos Sonhos em 2019

JC Online
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Publicado em 08/08/2018 às 12:14
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Pernambucano se prepara para a sétima etapa do Mundial na 33ª colocação. Apenas os 22 do ranking seguem no Circuito dos Sonhos em 2019 - FOTO: WSL/Divulgação
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Se em 2017 Ian Gouveia teve uma permanência dramática na elite do surfe mundial, em 2018, a história pode ganhar contornos ainda mais dramáticos. Na atual temporada, o pernambucano de 25 anos tem amargado uma ano ainda mais difícil. Das seis etapas já realizadas, foi quase sempre eliminado na segunda fase. A única exceção aconteceu no Oi Rio Pro, o terceiro evento do ano. Na ocasião, Ian terminou em nono lugar, indo até a quarta rodada. A partir desta sexta-feira (10), porém, o pernambucano vai ter nova chance de começar a se recuperar no torneio, com a abertura da janela do Tahiti Pro Teahupoo, o sétimo evento do ano.

Na primeira fase do torneio, Ian Gouveia cai na água já na bateria de abertura do evento. Ele vai disputar as ondas de Teahupoo com o havaiano Ezekiel Lau e o australiano Wade Carmichael. A parada é duríssima para o pernambucano, já que os dois oponentes estão à sua frente no ranking deste ano. Enquanto Ian aparece no 33º lugar, o surfista da Austrália é o 6º e o atleta do Havaí o 20º.   

Caso não vença a bateria, o filho de Fabinho Gouveia, ex-top, vai ter a oportunidade de lutar pela permanência no evento na repescagem (segunda fase). Nesse momento da competição, os surfistas derrotados na estreia são agrupados em baterias com dois competidores apenas. Quem vence avança à terceira rodada. E é justamente nesse momento das disputas que o pernambucano tem levado a pior. 

 Independente de começar a se recuperar no Tahiti - depois restarão outras quatro etapas até o término da competição - Ian Gouveia precisará fechar 2018 entre os 22 primeiros do ranking mundial para permanecer na elite. No ano passado, ele finalizou em 23º depois de conseguir um terceiro lugar no Pipe Masters, no Havaí, a última etapa do torneio. Mesmo estando um posto atrás da zona de classificação, o surfista teve a permanência assegurada pela organização, já que apenas uma das duas vagas disponíveis para competidores que se machucaram ao longo da temporada foi requerida. Pelo esforço e bom desempenho  demonstrados no Havaí, Ian permaneceu na elite em 2018.  Antes desse evento, ele estava em 27º.

"Ano passado foi um ano de estreia e a gente não pode comparar o Ian com esses surfistas fora da curva, que são Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Filipinho. Acho que cada um tem o seu tempo, Ian está no processo dele. Teve muita experiência no ano passado. Este ano, teve um começo de temporada um pouco fraco. Melhorou na etapa do Brasil e depois voltou a ter resultado ruim. Mas o Circuito é longo, ainda tem muitas provas, provas que ele pode se sair bem, como agora no Tahiti. Também em Pipeline, onde ele foi super bem", comentou o pai de Ian, Fabinho Gouveia.

DEMAIS BRASILEIROS

 O Brasil segue na liderança do Mundial de Surfe deste ano com dois competidores no top 3. Em primeiro lugar, aparece o paulista Filipe Toledo, com 35.900 pontos e dois títulos em eventos deste ano: no Rio de Janeiro e em J-Bay, na África do Sul. O segundo posto está sendo ocupado pelo australiano Julian Wilson, com 31.960. Já a terceira colocação é do campeão mundial de 2014, Gabriel Medina, com 25.685. Ele ainda não venceu nenhum evento este ano e tem o terceiro lugar em Bells Beach, na Austrália, como melhor resultado. 

 

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