Precisando de um milagre para se salvar do rebaixamento no Brasileirão, o Santa Cruz se inspira em exemplos dentro da competição nacional para mostrar que pode reagir na Série A. E a maior experiência positiva pode vir do próprio Tricolor do Arruda. No ano passado, a Cobra Coral arrancou na reta final da Série B e voltou à elite do futebol brasileiro após 10 anos. Foram sete vitórias e um empate nos últimos 10 jogos, exatamente o que o atual Santa, que ocupa a vice-lanterna do Brasileiro com 23 pontos, precisa para se livrar da Segundona em 2017.
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“A gente sempre procura mostrar exemplos positivos para os atletas. Claro que ainda estamos distantes (o Tricolor do Arruda está a 10 pontos do Cruzeiro, primeiro fora do Z-4), mas com três resultados positivos seguidos, os jogos terão outro peso. Não pode perder a esperança. No meu modo de ver, conseguimos atuar bem em alguns jogos, mas os importantíssimos pontos não estão vindo. A cobrança interna é terminar a temporada com dignidade, honrando a camisa do Santa. E isso aqui nunca faltou e nem vai faltar”, afirmou o técnico Doriva.
Na temporada passada, em dois meses, o time bateu Bragantino, Criciúma, Bahia, Oeste, Botafogo, Mogi Mirim e Vitória, além do empate ante o Atlético-GO, para terminar na vice-liderança da Série B, com 67 pontos. Agora, a missão é mais difícil, principalmente porque o time enfrenta seis equipes que brigam na parte de cima da tabela: Flamengo (2º lugar), Atlético-MG (3º), Grêmio (7º), Corinthians (8º), Botafogo (9º) e Ponte Preta (10º). Tem ainda quatro confrontos diretos ante Coritiba (12º), São Paulo (13º), Internacional (16º) e América-MG (20º).
“Eu sabia que a situação era difícil desde o primeiro momento que decidi vir. Mas, o Brasileiro deste ano já teve um exemplo de que podemos reagir. O próprio Botafogo, que estava brigando ali embaixo com a gente, engatou uma sequência de quatro vitórias que mudou tudo. A gente tem confiança e estamos trabalhando”, ressaltou o comandante da Cobra Coral.
FRUSTRAÇÃO
Para o treinador, a eliminação nas oitavas de final da Copa Sul-Americana, para o Independiente Medellín (COL), e a derrota para o Palmeiras, líder do Brasileirão, abalaram o elenco.
“Foi uma semana frustrante. Sair da Sula daquela maneira (com vitória por 3x1 no Arruda) foi doloroso, assim como perder uma partida tão equilibrada contra o Palmeiras (3x2). A gente precisava dessas vitórias para continuar acreditando. Agora, buscamos mostrar aos atletas que temos que prosseguir, que a única maneira de salvar é dando o nosso melhor”, disse Doriva.
