Ilha do Retiro

Sócios decidem futuro da Arena Sport

Projeto de construção de arena multiuso será votada pelos sócios nesta quinta-feira

Breno Pires
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Breno Pires
Publicado em 07/04/2011 às 10:06
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Projeto de construção de arena multiuso será votada pelos sócios nesta quinta-feira - FOTO: Divulgação
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Se o associado do Sport quiser decidir o futuro do clube, chegou o dia. Será votado em assembleia-geral, a partir das 18h, no salão social da sede, o projeto de construção de uma Ilha do Retiro inteiramente nova, com arena multiuso nos padrões Fifa, capaz de receber 45 mil pessoas, em um complexo que terá dois edifícios comerciais, um hotel, um centro de compras, um prédio englobando as demais modalidades esportivas e um outro com a remodelada sede social e um museu rubro-negro. Apenas sócios adimplentes maiores de 18 anos e vinculados ao clube há mais de um ano, hoje estimados em 10 mil, poderão votar. Se aprovarem, darão carta branca à presidência e a uma comissão a ser formada por três indicados pelo Conselho Deliberativo e dois indicados pelo presidente Gustavo Dubeux para aprofundarem os estudos e, posteriormente, baterem o martelo.

O projeto do complexo, desenvolvido pela empresa Plurisports e aprovado preliminarmente no Conselho Deliberativo no dia 17 de março, oferece modernidade e um substancial reforço nos recursos do clube. O Sport terá participação de 12% nas receitas geradas nos prédios comerciais e vai faturar com shows, restaurantes e novos camarotes (além dos atuais), recebendo um percentual variável ao longo dos 30 anos de contrato: 7% durante os dez primeiros anos; 15% dos 10 aos 20 anos; e 25% dos 20 anos até o encerramento. Na média das três décadas, 16%. Neste tempo, a bilheteria do futebol continuará sendo toda do Sport.

“O sócio rubro-negro pode ficar tranquilo, que o Sport continuará sendo o dono de tudo. Haverá apenas a cessão de uso de superfície, e o clube vai receber novas e valiosas instalações”, disse o presidente Gustavo Dubeux.
Nem por isso o projeto tem escapado de críticas, sobretudo, pela falta de detalhamento em alguns pontos. Embora já se conheça o investidor, a Engevix, ainda não se conhece o segurador, a empresa que construirá a arena e operadora do complexo, decisões que dependem do investidor. No caso da Arena da Copa, em São Lourenço da Mata, o BNDES está cedendo o crédito para as obras.

As principais farpas sobre o projeto têm vindo do ex-presidente Homero Lacerda e pelo conselheiro Harlan Gadelha, que fez parte da primeira comissão de estudos da arena. “Os investidores vão chupar a laranja por 30 anos e, depois, deixar o bagaço para o Sport”, disse Homero.

Na assembleia-geral desta noite, os sócios poderão ter mais esclarecimentos e assistirão a um vídeo que mostrará a arena internamente e detalhará a localização de cada estrutura do complexo.

Caso seja autorizado o avanço, serão feitas novas auditorias num prazo de até seis meses, para verificar, entre outras questões, se os percentuais do Sport no complexo estão adequados ao valor de mercado atual. “Se não estiverem adequados, nós já temos o compromisso do investidor que será ajustado, sempre para mais. Os percentuais hoje previstos não diminuirão”, garantiu o diretor de futebol José Aécio, membro da primeira comissão de estudos da arena. Depois de tudo detalhado, será necessária a aprovação da Prefeitura do Recife e o devido e licenciamento. “Só depois disso a presidência pode assinar o contrato”, disse José Aécio.

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