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Eduardo Baptista cada vez mais efetivado

Um treinador pode ser anunciado. Mas, a cada dia no comando do Sport - já se vai uma semana -, mais sedimenta seu lugar na equipe

Do JC Online
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Publicado em 07/02/2014 às 12:29
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Um treinador pode ser anunciado. Mas, a cada dia no comando do Sport - já se vai uma semana -, mais sedimenta seu lugar na equipe - FOTO: Foto: JC/Imagem
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A cada dia, o técnico interino do Sport, Eduardo Baptista, parece seguir um caminho sem volta. Há uma semana no comando do time que se classificou, na última quinta-feira, para as quartas de final da Copa do Nordeste, o preparador físico  se sedimenta no cargo. Até agora, foram dois jogos pelo Nordestão  e duas vitórias – sobre Náutico (3x0) e Botafogo-PB (1x0). Era para passar uma chuva. No início, Baptista até se esquivou da insistência da imprensa em efetivá-lo no cargo. Por força das circunstâncias, mais a letargia da direção na contratação de outro treinador, somado ao bom trabalho à frente da equipe, tem tudo para seguir adiante. O Náutico, nesta segunda-feira, na Arena Pernambuco, pelo Pernambucano 2014, é  novo desafio.

Antes, continuar era inverter a ordem de uma carreira milimetricamente planejada. Um dos mantras de Eduardo é ser o melhor no que faz. E, no momento, atingir o ápice na preparação física é sua meta. No Recife, finaliza um mestrado na área. Ser técnico era coisa para o futuro. Mais cinco anos no mínimo. A necessidade, sempre ela, atropelou seus planos. E até o discurso mudou de tom. 

“Estou estudando muito, pode ter certeza, para estar aqui”, revelou. “Agora, sou um funcionário do clube. Enquanto a direção quiser que eu continue à frente da equipe, vou continuar. Estou tentando fazer o melhor que posso. Mas pode ter certeza que a retomada do time é fruto apenas dos jogadores, que mudaram de postura. Não falo de raça ou de doação. Mas sim de obediência tática. Eles entenderam que precisavam fazer o que era pedido em campo”, comentou.

Seguir em frente não é fácil. Ter uma torcida exigente – até demais, em algumas ocasiões –, que só entende as vitórias e vê o time de coração há três anos patinando nas competições, sempre pede alguém com maior rodagem. O próprio Eduardo não se sente preparado para ser treinador. Quer estudar mais. “Tenho essa vontade. Só que gosto de realizar meu trabalho em alto nível. Estar entre os melhores. E tenho a consciência que para comandar um time não chego aos pés do meu pai (Nelsinho Baptista), por exemplo”, ponderou.

Aceitar continuar no cargo a pedido da direção de futebol é viver história semelhante à de Mazola Júnior. O ex-treinador do Sport comandava o sub-20 rubro-negro, assumiu o time interinamente em 2011 e seguiu adiante, aos trancos e barrancos. Ao ser demitido em 2012, ao perder o Pernambucano daquele ano, Mazola não teve mais clima para continuar na categoria de base. Saiu do clube e, ainda hoje, tenta reaver, no mercado da bola, o patamar atingido no Leão. Ficar e se dar bem ou continuar e perder espaço no mercado. Talvez seja essa a maior das lutas psicológicas travadas por Baptista dos últimos tempos.

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