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Presidente do Sport recebe 'mães-segurança' na Ilha

Martorelli teve a visita de três mães que participaram da segurança no clássico do último domingo (8)

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 13/02/2015 às 12:35
Diego Toscano/Especial para o JC
Martorelli teve a visita de três mães que participaram da segurança no clássico do último domingo (8) - FOTO: Diego Toscano/Especial para o JC
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No clima da comemoração pelo sucesso da campanha, o presidente rubro-negro João Humberto Martorelli recebeu três mães, na manhã desta sexta-feira (13), na Ilha do Retiro, que participaram da ação do Sport no último domingo (8), no clássico contra o Náutico, na Arena Pernambuco.  A ação recrutou 30 mães para fazer a "segurança" dos filhos no estádio, e teve como objetivo conscientizar os rubro-negros que o esporte não é lugar de violência.

"Mais do que ao Sport Club do Recife, a ação trouxe benefício para o  futebol. Isso é o mais importante. Temos que resgatar a ideia de paz, de segurança nos estádios. E ninguém mais emblemática do que a figura materna para simbolizar essa ideia", explicou Martorelli.

Para o presidente, a violência, hoje, é o principal fator para a evasão nos estádios brasileiros. "Isso diminui o acesso, a renda e o interesse do esporte como entretenimento. Não é somente o fato de irem menos torcedores ao estádio, e sim por ter se criado uma ideia de que o futebol é violência. Nós precisamos acabar com isso com uma renovação de mentalidade", afirmou o mandatário rubro-negro.

Idealizada pela Ogilvy, empresa de publicidade de São Paulo, a ação foi coordenada também pelo setor de Responsabilidade Social do clube rubro-negro. E não é única. "A gente precisa ressaltar que a campanha de paz, no clube, não começou em 2015. Estamos, desde o ano passado, com uma série de ações estimulando o tema, fincando o Sport como um dos maiores clubes do Brasil nesta questão", ressalou Fábio Silva, vice-presidente do setor.

Além das "mães-segurança", o Sport também tem ações como a flâmula da paz, entregue pelo capitão Durval, todos os jogos, ao adversário, e um "contador da paz" no site oficial do rubro-negro, que faz a medição do número de dias sem casos graves na Ilha do Retiro.

Para quem participou, a alegria da primeira vez em estádios ficará na memória. "Meu filho sempre pedia para eu ir com ele aos jogos do Sport. Porém, pel medo da violência, nunca quis. Quando me convidaram para fazer parte da ação, não pensei duas vezes. Para fazer ele feliz, faço qualquer coisa. Foi uma experiência maravilhosa, que vou levar para o resto da vida", comemorou a doméstica Cristyane Santos.

Para o filho Jonatas Santos, a surpresa da visita atenuou, ainda mais, um sentimento de paixão que vem de berço: ser rubro-negro. Durante um tempo, porém, as brigas entre torcidas fez o porteiro de 23 anos deixar a paixão de lado e pensar no seu futuro. "Em um clássico contra o Náutico, teve uma confusão na hora da saída do time visitante. Jogaram pedras, pegaram os mastros de bambu das bandeiras e começaram a se atacar, como em uma guerra. Depois disso, eu pensei 'chegou a hora de dar um tempo do futebol'. Mas a paixão pelo Sport fala mais alto, e eu voltei para os jogos", frisou Jonatas.

Perguntado se a presença das mães foi importante para inibir os mais exaltados, o rubro-negro foi direto: "Rapaz, até os palavrões diminuíram (risos). Se elas tivessem todo jogo, eu duvido que teria violência. Ninguém vai querer arriscar de machucar a mãe, né?."

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