O acidente aéreo com a delegação da Chapecoense, no último dia 28, em Medellín, que matou 71 pessoas, obrigou a comissão técnica do Sport a reforçar a atenção com o lado emocional do elenco às vésperas da partida que vai definir o destino do clube em 2017. Se não bastasse a pressão natural provocada pelo confronto com o Figueirense, neste domingo (11), a partir das 16h, a preocupação era com possíveis impactos da tragédia sobre o time. Por isso, a psicóloga Suzy Fleury, ex-seleção brasileira, veio ao Recife para trabalhar com os atletas e deixá-los com “nervos de aço”.
Suzy, que mora em São Paulo, desenvolveu atividades nos últimos três dias na Ilha ao lado da psicóloga do clube, Aritana Azevedo. A missão de ambas, segundo suas próprias palavras, era deixar o time “relaxado, motivado e 100% focado” na decisão com o Figueira. Nesse trabalho, contaram com o apoio dos mais experientes. “Macacos velhos” como Magrão, Durval, Rithely e Diego Souza dividiram com elas a responsabilidade de instruir os mais jovens e de tirar deles a pressão pelo resultado.
“Acho que pode ajudar (a bagagem). Acho que posso contribuir, não só com o futebol, mas com a experiência. Posso contribuir como Rithely, Magrão, Diego Souza... Orientando os outros jogadores para que não tenhamos pressa e nem ansiedade para buscar o gol. Temos que ter tranquilidade, qualidade e frieza para fazer o gol. Não podemos deixar nada de fora nos atrapalhar”, afirmou o zagueiro Durval, que volta a ser titular do Sport depois de 67 dias, na vaga do suspenso Matheus Ferraz.
MELHOROU
Sobre o acidente com a Chape, é consenso na comissão técnica que o elenco reagiu bem à medida que se passaram os dias. No primeiro treino após a tragédia em Medellín, o clima era de desolação total. Bem diferente das atividades da última semana, quando os atletas voltaram a mostrar a mesma alegria de sempre.