EXEMPLO

Torcedor do Sport com paralisia cerebral vai às lágrimas ao receber visita dos ídolos

Os jogadores do Sport foram conhecer Fernando na casa deles

Carlyle Paes Barreto
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Carlyle Paes Barreto
Publicado em 14/07/2017 às 21:00
Divulgação / Sport
Os jogadores do Sport foram conhecer Fernando na casa deles - FOTO: Divulgação / Sport
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O meia-atacante Thomás, do Sport, foi marcado em uma de suas redes sociais por um torcedor que se encantara com a história de Fernando Antônio, paralisado cerebral que assistira, quinta-feira (13), pela primeira vez a uma partida de futebol no estádio. Bastou isso para o jogador acionar a assessoria do clube e marcar uma visita. Queria conhecer aquele rubro-negro. Aquele guerreiro, como ele mesmo chamou, que foi à Arena de Pernambuco em cima de uma maca. O encontro foi na noite desta sexta-feira (14), junto com o volante Patrick. Sob muita emoção.

Thomás e Patrick levaram camisa autografada e vários produtos do clube. Afagaram Fernando. Agradeceram o esforço. Parabenizaram a família. Foram recompensados com sorrisos. E choraram. Emocionados com a história do rubro-negro de 53 anos, que não fala, nem anda. Que sequer consegue sentar, passando todo tempo deitado, de bruços. Que se comunica com piscadas de olhos. E que não perde um só jogo do Sport, pela TV.

Ao nascer, faltou oxigênio para Fernando Antônio de Souza Lima. Paralisia cerebral, agravada com atrofia muscular. Mas sobrou amor. E dedicação dos familiares. Especialmente da mãe, Dona Maria Amélia. Cuidando sem limites de seu amor, como costuma dizer. 

JOGO

Para ver Sport x Chapecoense, a família Souza Lima teve que arrumar uma ambulância para levar Fernando. Enfrentaram trânsito. Fila. Dificuldade para colocá-lo no elevador. Mas chegaram à arquibancada. Nunca Fernando havia chegado tão próximo dos ídolos. De um campo. Da atmosfera que envolve o futebol. E nesta sexta, ao receber em casa logo dois jogadores do clube do coração, parecia outra goleada. O olhar de Fernando e os movimentos incessantes da cabeça diziam tudo. Não precisava de palavras.

“É uma lição de vida. Transcende o lado do futebol. Isso é um alento, numa sociedade como a nossa, com tanta gente morrendo, brigando. Toca mesmo nosso coração”, enfatiza Thomás. “Fiquei muito, muito satisfeito em poder ter ido à cada dele”, completa.
“Nunca tinha visto um esforço tão grande para ir a um jogo. Um sacrifício enorme. E tanta gente podendo, que vai para brigar”, destaca Patrick. “É um aprendizado e tanto para a gente. Não imaginava quem a gente está representando. A gente vê, com isso, que não corre somente por nós. Ou por nossa família. Se eu já corro muito, agora vou correr dobrado”, acrescenta.

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