Que a situação beira ao milagre, com o Sport precisando de sete vitórias em 11 jogos, ninguém esconde na Ilha do Retiro. Com apenas uma vitória nas últimas 17 partidas, o Leão tem, segundo o site Chance de Gol, 96% de risco de queda. Mas nem sempre os números acertam. O JC reuniu três exemplos no Brasileirão de equipes que estavam na zona de rebaixamento e conseguiram arrancadas improváveis: o Goiás de 2003, o Fluminense de 2009 e o Grêmio de 2010. Inspirações para o clube rubro-negro, atual vice-lanterna da Série A, tentar evitar a queda.
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Em 2003, o Goiás conseguiu ganhar 15 jogos dos últimos 24, com 65% de aproveitamento. Na atual edição do Brasileirão, só os líderes Internacional e Palmeiras, ambos com 53 pontos, têm a mesma porcentagem. O técnico Cuca assumiu na virada do turno e tirou o clube goiano da lanterna da competição para a nona posição, com direito até a vaga na Sul-Americana. A ressalva é que o Esmeraldino jogou uma Série A com 24 equipes e 46 jogos, oito a mais que a atual edição, com 20 clubes.
Já o Fluminense de 2009 é inspiração para todas as equipes que ficam em situação dramática no Brasileirão. Após a 27ª rodada, a mesma situação do atual Brasileirão, o Flu tinha feito apenas 21 pontos, três a menos que o Leão em 2018, e era o lanterna. Novamente Cuca foi o salvador. O treinador chegou na 19ª rodada e, nos últimos 11 jogos, ganhou sete. A equipe chegou a ter 99% de risco de queda e se livrou com a 16ª posição, após confronto direto com o Coritiba, que acabou caindo após empatar em 1x1 em casa com o clube carioca na rodada final.
Por fim, o Grêmio de 2010 nem estava tão mal quanto o Leão: após 17 jogos, estava 17ª posição na classificação. Mas o aproveitamento de 75% no segundo turno fez o clube gaúcho ter a maior arrancada da história do Brasileirão de pontos corridos. Atual técnico da equipe, Renato Gaúcho chegou na 14ª rodada há oito anos e, nas últimas 21 partidas, só teve duas derrotas, com 14 vitórias e cinco empates.
O QUE PRECISA
Para chegar na margem histórica de permanência, com 45 pontos, o Sport precisa de sete triunfos em 11 jogos. Serão seis duelos em casa (Internacional, Vasco, Ceará, Vitória, Flamengo e Santos) e cinco como visitante (Atlético-PR, Grêmio, Fluminense, Chapecoense e São Paulo) para tentar desafiar os números e a lógica.
“Não deveria me inspirar nisso porque queria estar em melhor situação. Mas vimos equipes que estavam em posição complicada e conseguiram reverter. Ainda existe possibilidade e vamos buscar. Ninguém do grupo quer cair. Enquanto tiver 1% de chance, não vamos deixar de lutar. É ter confiança que vamos sair dessa situação”, afirmou o meia Marlone.
