SEM DISTINÇÃO

Democrático, técnico do Sport tem dado oportunidade a atletas menos badalados

Desde que assumiu o comando leonino, Milton Mendes tem escalado quem está em melhor condição

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 10/10/2018 às 7:29
Foto: Guga Matos/ JC Imagem
Desde que assumiu o comando leonino, Milton Mendes tem escalado quem está em melhor condição - FOTO: Foto: Guga Matos/ JC Imagem
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Em tempos que a política está em alta no País, Milton Mendes tem se mostrado um técnico bastante democrático. Desde que chegou ao Sport, o treinador está procurando dar oportunidade para todos os jogadores do elenco. Sem distinção de currículo, idade ou tempo de casa. Apesar de o elenco rubro-negro ser recheado de “medalhões”, com Milton joga quem está em melhor condição.

“Eu não trato ninguém diferente. Cada cabeça é um mundo e cada um tem o seu mundo. E você precisa entender um pouco de cada um. O jogador mais rodado, com mais experiência tem um peso na equipe, jogando ou não. Os jovens também são importantes para esse equilíbrio do time. Faço com que os jogadores entendam que todos são importantes, mas precisam render para jogar. O nome só não joga”, destacou Milton.

Quem assimilou bem o recado do treinador e virou titular do Sport sob o comando de Mendes foi o desconhecido Mateus Gonçalves, sendo responsável, inclusive, por marcar o gol da vitória leonina diante do Internacional. “Milton viu minhas características e a minha adaptação ao time foi rápida. Consegui encaixar uma sequência e as coisas começaram a dar certo. Meu lado psicológico estava bem e eu vinha me preparando para ter essa chance”, pontuou o atacante de 23 anos.

Outro jovem atleta que não vinha recebendo oportunidades com os técnicos anteriores foi zagueiro Adryelson. O prata da casa entrou na última rodada, fez gol, teve uma atuação consistente e deve permanecer entre os titulares, mesmo com as voltas de Durval, Ernando e Léo Ortiz. “A gente colocou o menino (Adryelson) e ele correspondeu. Por isso, vai continuar jogando”, declarou Milton Mendes, em sua participação na última segunda-feira, no programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal.

“Temos que ser o mais justo possível para que os jogares entendam que: se estiver bem, vai ter oportunidade. Se outro atleta entrar e for bem, ele tem condições de continuar no time principal. Se o treinador trocar as peças é porque é importante para o grupo. Se todos entenderem isso fica mais fácil. Mesmo aqueles que não jogam acabam apoiando quem está em campo”.
Se o trato de Milton com os jovens menos conhecidos é com o máximo de justiça e coerência, o inverso também é verdadeiro.

OPORTUNIDADES

Os Bastos (Michel e Fellipe) estavam escanteados no grupo, mas, por mostrarem um algo a mais nos treinos, acabaram sendo acionados nos dois últimos jogos. “Conversei com eles e disse: ‘vocês são importantes. Quero vocês bem, jogando ou não’. Hoje eles estão jogando bem e com um peso grande dentro do grupo”, confessou. A tendência é que Michel seja mantido como titular e que Fellipe ganhe a posição do suspenso Jair.

Com a ausência de Sander (suspenso pelo terceiro amarelo), o comandante rubro-negro já deixou claro que não é adepto a improvisações e, por isso, adiantou que pretende observar com atenção Evandro ao longo da semana para saber se o prata da casa tem condições de ser titular diante do Atlético-PR, na Arena da Baixada. “É importante também preparar aqueles que podem jogar. Nesse momento, o Sander está suspenso. Então, o Evandro pode atuar. Temos de ter todos os jogadores preparados para que possam dar conta do recado quando eu precisar utilizá-los”.

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