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'Cheguei a ser despejado', disse Magrão, que está gravando filme sobre sua carreira

O lançamento do filme do goleiro do Sport está previsto para dezembro de 2019

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 26/10/2018 às 8:02
Foto: Diego Nigro/ JC Imagem
O lançamento do filme do goleiro do Sport está previsto para dezembro de 2019 - FOTO: Foto: Diego Nigro/ JC Imagem
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Em entrevista exclusiva ao repórter Filipe Farias, do Jornal do Commercio, o goleiro Magrão falou do convite para gravar um filme sobre a sua carreira. O camisa 1 espera mostrar toda sua trajetória de superação até se tornar ídolo do Sport.

Confira os principais trechos da entrevista com Magrão:

 

FILME

Recebi o convite com alegria. É algo que nunca imaginei que pudesse acontecer. No começo, achei loucura porque a gente só vê isso (filmes sobre atletas) com jogadores consagrados. Achei bacana. Uma forma de reconhecimento. Claro que vai ter a maior parte no Sport, mas também vai ter a trajetória da minha vida antes mesmo de chegar ao profissional e toda a luta até chegar no Sport, em 2005. A história que tenho para contar é de superação.

INÍCIO

Meu pai tinha um trabalho nos bares dos estádios de futebol em São Paulo. Ele vendia refrigerante, cerveja, água e, desde os seis anos, ele me levava para acompanhá-lo no campo. Ouvia a torcida gritando o nome dos jogadores e isso me marcou muito. Fui crescendo e quando tinha uns 11 anos comecei a pegar a caixa de isopor e saia para vender nas arquibancadas. Ganhar um dinheiro pra ajudar o meu pai e também assistia aos jogos. Admirava o Ronaldo Giovanelli (ex-goleiro do Corinthians). Ele me influenciou para me tornar goleiro. Via a imagem dele saltando para defender e isso chamou a minha atenção.

DRAMA

Vai ter de tudo um pouco. Passei por momentos difíceis. Um deles quando cheguei no Atlético-PR, achei que minha carreira ia decolar pelo fato de sair de um time da Terceira Divisão de São Paulo para acertar com um clube grande. Mas acabei me lesionando e nem cheguei a jogar e voltei para o interior paulista. Momento triste na minha vida. Também cheguei a ser despejado por conta da falta de pagamento do aluguel de alguns clubes que passei.

AÇÃO

Em mais de 700 jogos pelo Sport (725), quase 1000 na carreira, tiveram muitos jogos que trabalhei bastante. Mas um que trabalhei muito foi contra o São Paulo, no Morumbi, no Brasileirão de 2012. Mesmo a gente perdendo a partida, ganhei o prêmio de jogador da rodada.

 

 

DEFESA

Gosto de uma defesa que fiz contra o Colo-Colo, pela Libertadores de 2009. Foi uma defesa no final do jogo, de mão trocada. Uma das mais belas e importantes que eu fiz.

SELEÇÃO

Eu nunca esperei (convocação). Quem me conhece mais intimamente sabe sobre essa situação de seleção. O Sport me deu muitas coisas boas. A única coisa que ficou faltando pra mim foi jogar fora do País. O restante alcancei.

ÍDOLO

Não tenho palavras. Um clube centenário como o Sport, que passaram grandes atletas e com uma torcida apaixonada. Ser um dos ídolos de um time desses é algo que nunca passou isso pela minha cabeça. É legal esse reconhecimento do torcedor na rua, o carinho. Isso é algo que faz você trabalhar mais para retribuir o carinho.

MENSAGEM

Espero passar nesse filme a mensagem de um cara que superou as adversidades. Tive vários obstáculos, mas em nenhum momento eu parei. Sempre prossegui. Acho que é isso que gostaria de passar.

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