A gestão de Arnaldo Barros no Sport terminou de forma desastrosa, sendo considerada por parte da torcida como a pior da história do clube. Além de lutar para não cair de divisão em 2016 e 2017, no ano seguinte veio a queda para a Série B. A pior parte veio com o rombo gerado pelas dívidas criadas, em que o passivo do clube aumentou em mais de R$ 118 milhões. O ex-presidente avaliou a sua gestão e creditou o fato à crise vivida por vários clubes do Brasil, além de problemas no fluxo de caixa.
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“Nós tivemos uma incomum frustração de receitas que começou com a nossa saída precoce da Copa do Brasil. Tínhamos um planejamento e não tivemos aquela receita, quase não tivemos de renda de jogo no Campeonato Brasileiro. Então você entra numa roda de fluxo de caixa que não compatibiliza e uma hora o dinheiro vai faltar. Mas isso foi uma crise que atingiu a todos os clubes, em um momento em que nós estávamos prestes a deslanchar o crescimento. E tivemos que sofrer e enfrentar essas dificuldades. Da mesma forma que Milton (Bivar) tem capacidade de conseguir. Tivemos que usar de criatividade e fazer campanhas para gerar recursos e amenizar a crise que o Sport enfrenta”, comentou Arnaldo, em entrevista concedida a Ralph de Carvalho na Rádio Jornal.
Herança negativa
O atual presidente, Milton Bivar, já revelou o tamanho dos problemas que o Leão tem enfrentado neste ano. Cotas foram adiantadas, como a da Copa do Brasil, em que o Sport foi eliminado na primeira fase. Com a queda bruta de receita, vários cortes têm sido feitos. A gestão se viu obrigada a “diminuir” o tamanho do clube. Arnaldo reconheceu os percalços enfrentados pelo Rubro-negro neste ano, e comparou com o que ele fez em seu período na presidência.
“As dificuldades que Milton Bivar está enfrentando são enormes. Sei disso e não são diferentes dos que foram enfrentadas por Gustavo (Dubeux), (João Humberto) Martorelli e por mim. Clubes no Brasil estão nas mesmas dificuldades. Isso decorre da crise que se teve em dois anos seguidos. A saída precoce na Copa do Brasil gerou esse desajuste de fluxo de caixa que compromete o planejamento. Quando ele fala que vai precisar demitir pessoas, eu também fiz. Isso é inerente a necessidade de adequar as finanças do clube ao momento que se vive. Sobre os números, quem deve falar nao sou eu nem o levantamento. Quem tem que falar é a auditoria e o balanço”, encerrou.
